Frase do Dia:


"Você bloqueia seu sonho quando você permite que seu medo fique maior do que a sua fé".

(Mary Manin Morrisey)


José Ferreira - Analista TI /Adv - Cuiabá-MT-Brasil

"ORIGEM DO MUNDO CONFORME A BÍBLIA " - Postagem Diária

 Mensagem aos Queridos Leitores:
Família, Amigos, Leitores, Obrigado por acessarem este Blog, espero profundamente ajudar de alguma maneira levando a palavra de Deus até vocês, fiz uma promessa e deverei cumprir, que é  a leitura da Bíblia Sagrada até a última pagina, Bíblia esta que pertenceu ao meu Querido e Amado Pai.
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Tópicos que realizarei minhas leituras
Antigo Testamento





Novo Testamento




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    1 - Gênesis - 124/04/2011 (primeira leitura)




    GÊNESIS: A CRIAÇÃO DO MUNDO, O DILÚVIO E A PROMESSA DE DEUS

    Do grego genesis, origem.



    Autor: 
    Ninguém pode afirmar com absoluta certeza que sabe quem escreveu o livro de Gênesis. Visto que Gênesis é o alicerce necessário para os escritos de Êxodo a Deuteronômio, e visto que a evidência disponível indica que Moisés escreveu esses quatro livros, é provável que Moisés tenha sido o autor do próprio livro de Gênesis. A evidência apresentada pelo Novo Testamento contribui para essa posição (cfe. especialmente João 5:46-47); Lucas 16:31; 24:44). Na tradição da Igreja, o livro de Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés. Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa tradição.

    O LIVRO DO GÊNESIS É O PRIMEIRO LIVRO DA BÍBLIA, ELE FOI ESCRITO POR MOISÉS POR VOLTA DE 1450 ANTES DE CRISTO. O GÊNESIS RELATA COMO FOI A CRIAÇÃO DO MUNDO, O GRANDE DILÚVIO E A PROMESSA DE DEUS FEITA A ABRAÃO.
    SE VOCÊ NÃO CONHECE NADA DA BÍBLIA, CREIO QUE ESTE RESUMO SEJA DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA NORTEAR TODO O SEU ESTUDO A RESPEITO DE DEUS E A SUA PALAVRA. COMECE PELO GÊNESIS, ACOMPANHA NOSSA POSTAGEM  E CONHEÇA COMO FOI O INÍCIO DA HUMANIDADE.

    A CRIAÇÃO DO MUNDO

    COMO O MUNDO FOI CRIADO? FOI UMA GRANDE EXPLOSÃO CHAMADA DE BIG BEN QUE GEROU TODOS OS PLANETAS E A TERRA? COMO O HOMEM FOI CRIADO? SERIA ELE UMA EVOLUÇÃO DO MACACO?
    NÃO. DE MANEIRA NENHUMA. DEUS CRIOU OS CÉUS E A TERRA. CRIOU AS ESTRELAS, O AR, AS PLANTAS, OS ANIMAIS E FINALMENTE CRIOU O HOMEM. TUDO FOI CRIADO PELA PALAVRA DE DEUS E PARA O PROPÓSITO DE DEUS.
    NO LIVRO DO GÊNESIS ENCONTRAMOS TODA A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO. PORTANTO, SE VOCÊ AINDA CRÊ QUE O HOMEM VEIO DO MACACO E QUE A ESPÉCIE HUMANA É FRUTO DA EVOLUÇÃO, LEIA A  NOSSA POSTAGEM SOBRE GÊNESIS E VEJA A MARAVILHOSA OBRA DE DEUS.

    O DILÚVIO

    LOGO DEPOIS DO PRIMEIRO PECADO DE ADÃO E EVA AS PESSOAS NÃO PARARAM DE PECAR. O HOMEM QUE FORA CRIADO PARA SERVIR A DEUS TORNOU-SE CONTRA DEUS, COMETENDO TODO TIPO DE PECADO. ENTÃO DEUS RESOLVEU MANDAR O DILÚVIO.

    NO LIVRO DO GÊNESIS ENCONTRAMOS ESTA HISTÓRIA ONDE OS HOMENS COMIAM E BEBIAM, CASAVAM-SE E DAVAM-SE EM CASAMENTO. ENTÃO VEIO O DILÚVIO E ACABOU COM TODOS.


    A PROMESSA DE DEUS

    MAS O DILÚVIO NÃO RESOLVEU O PROBLEMA DO PECADO. DEPOIS DO DILÚVIO O HOMEM CONTINUOU A PECAR, AFINAL, A NATUREZA HUMANA JÁ ESTAVA CORROMPIDA PELO PECADO. ENTÃO DEUS INTERVÉM NOVAMENTE, DESTA VEZ PROMETENDO UM SALVADOR.
    DEUS ESCOLHEU UM HOMEM CHAMADO ABRAÃO E DISSE A ELE QUE ELE SERIA PAI DE UMA GRANDE NAÇÃO E QUE DA SUA DESCENDÊNCIA NASCERIA O SALVADOR (JESUS CRISTO). ELE VENCERIA O PECADO E ATRAVÉS DELE O HOMEM VOLTARIA A TER A COMUNHÃO COM DEUS, COMUNHÃO ESTA QUE O PECADO HAVIA TIRADO.
    NO LIVRO DO GÊNESIS ENCONTRAMOS HISTÓRIAS FASCINANTES COMO A DE JOSÉ QUE SE TORNOU GOVERNADOR DO EGITO, A FÉ DE ABRAÃO, A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA E MUITAS OUTRAS.
    LEIA O LIVRO DO GÊNESIS E CONHEÇA A ORIGEM DA HUMANIDADE, A HISTÓRIA DO GRANDE DILÚVIO, A PROMESSA DE DEUS PARA ENVIAR JESUS CRISTO COMO SALVADOR, ENTRE OUTRAS.
    LEIA A BÍBLIA. A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS E CONTÉM TODO O ENSINAMENTO NECESSÁRIO PARA CONDUZÍ-LO À VIDA ETERNA.


    Senhores: Aqui começo minha leitura da Bíblia Sagrada.

    RESUMO  GÊNESIS

    CRIAÇÃO DO MUNDO 1º DIA  
    1. No principio criou Deus o Céu e a Terra. A Terra porem estava informe e vazia, e as trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus movia-se pelas águas.
    2. E disse Deus: Haja luz; e houve luz, e viu Deus que a luz era boa; e fez Deus a separação entre a luz e as trevas.
    3. E  Deus chamou à luz de dia; e às trevas chamou de noite.
    4. E foi tarde e manhã do Primeiro dia.
    CRIAÇÃO DO MUNDO 2º DIA
    1. E disse Deus faça-se o firmamento e separa umas aguas das outras, e fez a separação entre as águas que estavam sob o firmamento, daquelas que estavam por cima do firmamento, e chamou o firmamento de Céu.
    2. E fez tarde e manhã do segundo  Dia.
    CRIAÇÃO DO MUNDO 3º DIA
    1. E disse Deus: ajuntem-se as águas debaixo do Céu, num  lugar; e apareça a porção seca; e assim foi , e chamou a porção seca de terra; e  ao ajuntamento das águas chamou de mares; e viu que era bom. 
    2. E disse Deus: produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra, e assim foi.
    3. E a terra produziu erva e semente conforme a sua espécie, e a árvore frutifera.
    4. E fez-se tarde e manhã do 3º dia
    CRIAÇÃO DO MUNDO 4º DIA
    1. E disse Deus: que seja feito luzeiros no firmamento do Céu, e separem o dia da noite, e sirvam para sinais e para distinguir os tempos, os dias, e os anos e resplandeçam no firmamento do Céu e alumiem a Terra. 
    2. E assim fez Deus dois grandes luzeiros: o luzeiro maior que presidisse o dia , e o luzeiro menor que presidisse à noite e as estrelas , e colocou no firmamento do Céu, para luzirem sobre a Terra e presidirem, e separarem a luz das trevas.e Deus viu que era bom. 
    3. E fez-se tarde e manhã do Quarto dia 
    CRIAÇÃO DO MUNDO 5º DIA    
    1. Disse também Deus: Produzam as águas répteis animados e viventes, e aves que voem sobre a terra debaixo do firmamento do Céu. Deus criou todos os grandes peixes, e todos os animais que têm vida e movimento segundo a sua espécie . E Deus viu que era bom . E os abençoou , dizendo: Crescei e multiplicai-vos e enchei as águas do mar; e as aves se multipliquem sobre a terra. 
         2. E fez tarde e manhã do 5º dia.


    CRIAÇÃO DO MUNDO 6º DIA  - (Criação do Homem)
    1. Disse também Deus: Produza a terra animais viventes segundo a sua espécie, animais domésticos, e reptéis, e animas selvagens, segundo a sua espécie , e viu Deus que era bom.
    2. Por fim Deus disse: Façamos Homem à nossa imagem e semelhança, e presida aos peixes do mar, e as aves do Céu, e aos animais selvagens, a todos os répteis que se movem sobre a terra, e a toda a terra.
    3. E do barro da terra Deus fez o Homem, e inspirou no seu rosto um sopro de vida e o Homem tornou-se ALMA(criou Deus: Adão).
    4. E Deus os abençoou, e disse: Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra e dominai sobre ela. 
    5. E Deus disse: Eis que vos dei todas as ervas, que dão semente sobre a terra e todas a arvores que que encerram em si mesma a semente seu gênero, para que vos sirvam de alimentos, e a todos os animais da terra para que tenham o que comer, e assim se fez.
    6. Deus viu que todas as coisas que fez eram boas .
    7. E fez-se tarde e manhã do Sexto dia
    CRIAÇÃO DO MUNDO 7º DIA  - ( Repouso Divino)
    1. Assim foram acabados o Céu e a Terra, e Deus descansou no Sétimo dia, abençoou e santificou este dia.
    2. Deus criou todas as plantas do campo, e todas as ervas das campinas antes que germinasse; porque o Senhor Deus não tinha ainda feito chover, porem havia fontes que regava toda a superfície da Terra


    O Homem no Paraiso :
    1. O Senhor Deus tinha plantado, desde o princípio, um paraíso de delícias para o  Homem, tinha Deus produzido da terra toda a casta de árvores formosas, e de frutos doces para comer; e a arvore da vida estava no meio do paraíso, e a arvore da ciência do bem e do mal, Deste lugar saia um rio para regar o paraíso, que se dividia em 4 braços (Fison ; Gion ; Tigre; e o Eufrates).
    2. E Deus deu esta ordem a Adão: come de todas as árvores do paraíso, mas não comas do fruto da árvores da ciência do bem e do mal; porque se comeres dele, morrerás de imediato.
    3. Durante muito tempo Adão viveu só, deu nome a todos os animais da terra, e  observando que todos os animais tinham uma companheira, ficou triste.
    4. Então Deus vendo isto pensou e disse: Não é bom que o homem viva só, farei uma companheira para você.
    Formação da mulher e instituição do matrimônio:         
    1. Quando Adão Adormeceu, Deus tirou-lhe uma das costelas, e pôs carne no lugar, e da costela formou uma mulher e levou até Adão.
    2. Adão disse: Eis aqui agora o osso dos ossos e a carne da minha carne, e deu nome a mulher de Virago(Eva), por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, eles viviam nus; e não se envergonhavam.
    Tentação de Adão e Eva:  
    1. A serpente era o animal mais astuto de todos, e falou para Eva que se ela comesse do fruto da arvore da ciência do bem e do mal  que está no meio do paraíso, eles seriam como Deus, conhecendo o bem e o mal, a ganância do homem está começando ai.
    O pecado original:
    1. Viu, pois, a mulher que o fruto da arvore era boa e gostosa, e formosa para os olhos, comeu e deu para Adão comer, e os olhos de ambos se abriram, e tendo conhecido que estavam nus, se envergonharam-se, e fizeram para si cinturas com folhas.
    O encontro com Deus: 
    1. E tendo ouvido a voz do senhor Deus, Adão e Eva se esconderam, depois disse Adão para Deus: tive medo do senhor já estava nu, e Deus perguntou, quem te fez conhecer que estava nu, vocês comeram da árvore que ordenei não comer. Adão disse: foi a mulher, que me deste por companheira que me fez comer da fruta da árvore proibida. 
    2.  E o Senhor Deus disse a Mulher: por que fizeste isso? A mulher respondeu: A Serpente me enganou e comi.
    A Maldição da Serpente:
    1. E o Senhor disse à serpente: Pois que fizeste isso, és maldita entre todos os animais e besta da terra; andarás de rastro sobre teu peito, e comerás terra todos os dias de sua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher. ela te pisará a cabeça e tu armarás traições ao seu calcanhar.
      Castigo da Mulher(Eva):


      1. Disse Deus à Mulher: Multiplicarei teus trabalhos, principalmente de teus partos, Darás luz com dor e estarás sob poder do marido.
      Castigo do Homem(Adão):
      1. Disse Deus à Adão: Porque destes ouvidos à tua Mulher e comeste o fruto da árvores que eu ordenei que não comesses, a terra será maldita por tua causa: tirarás dela o seu sustento com trabalhos penosos todos os dias da tua vida, Ela te produzirás espinhos e tu comerás o pão com o suor de teu rosto, até que voltes a terra de que foste formado, porque tu és pó, e em pó te ás de tornar.
      Adão e Eva Expulsos do Paraíso:              
      1. Fez Deus uma túnica pra Adão e uma para Eva e os vestiu. E disse: Eis que Adão se tornou conhecedor do bem e do mal; agora, pois, expulsêmo-lo do paraíso, para que ele também não coma da árvore da vida, e viva eternamente, e pôs diante da entrada do paraíso uma grande espada de fogo, para guardar a árvore da vida(vida eterna).


      Caim e Abel:



          1.  Eva deu a luz a Caim e depois ao seu irmão Abel. Abel foi pastor de ovelha e Caim lavrador. Passado muito tempo, Caim ofereceu ao senhor frutas da Terra, e Abel ofereceu o primogênito dos seus rebanhos e suas gorduras, porem Deus sabia que a oferenda de Caim não era de bom coração, Caim achava que não tinha que fazer oferenda ao senhor, se era ele que plantava o trigo, e nem escolhia os melhores produtos para oferecer.

      2. Já Abel sempre orava para Deus, e sabia que a multiplicação de seus rebanhos era tudo fruto do Senhor que lhe ajudava, e quando ia oferecer um presente a Deus escolhia a melhor ovelha do seu rebanho, sabendo disso Deus não considerou a oferenda de Caim, dando atenção apenas para Abel.



      3. Caim não gostou, ficou revoltado e enciumado do irmão e o matou na primeira oportunidade que teve. Quando Deus perguntou a Caim onde estava o teu irmão, Caim respondeu que não era guarda do irmão para saber onde ele estava, e como Deus já sabia do acontecido disse a Caim:

      4. A voz do sangue do teu irmão clama da terra por mim. Agora, pois, serás maldito sobre a terra, que abriu a sua boca e recebeu da tua mão o sangue de teu irmão, quando a cultivares, ela não te dará os seus frutos; serás vagabundo e fugitivo sobre a terra.


      5. E Caim disse ao Senhor: A minha crueldade é muito grande para que eu mereça perdão. Eis que tu hoje me expulsas desta terra, e eu me esconderei de sua face, e serei vagabundo e fugitivo na terra; portanto tudo que me achar me matará. 


      6. E o Senhor disse-lhe: Não será assim Caim, qualquer um que te matar será castigado sete vezes mais, e o Senhor pôs um sinal em Caim, para que não o matassem, e Caim andou errante sobre a terra, e habitou no país de nod

      Obs: Adão e Eva foram pais de Caim, Abel, Sete, e mais outros filhos e filhas. Segundo Gênesis 5:5, Adão teria vivido 930 anos, alcançando até Lameque, pai de Noé, a oitava geração de sua descendência.


      Posteridade de Caim e a origem da poligamia: 


      1. Mais tarde Caim conheceu sua mulher, teve um filho, deu o nome de Henoc e fundou uma cidade com o mesmo nome do filho, começo ali uma comunidade, gerando filhos de Caim e filhos de seus filhos.
      2. Teve início a divisão da humanidade em pessoas que pertencem a duas pátrias distintas. Observe que Caim fundou a primeira cidade de que se tem notícia (Gn 4.17). Com isso, tornou-se o símbolo daqueles que pertencem a este mundo e têm aqui seu coração e tesouros.
      3. Por outro lado, há um sentido em que também Abel fundou uma cidade. Isso porque ele foi o primeiro personagem bíblico que partiu para o reino celestial. Foi a primeira alma humana a ir para o céu, a morada dos salvos, precedendo todos aqueles que, pela fé em Jesus, têm a cidadania celestial. 
      4. Assim, Caim e Abel inauguraram cidades distintas: uma, a terrena, fundada sobre o orgulho,a bigamia, e o medo, destinada à destruição; outra, a celeste, fundada na fé e no temor de Deus, uma cidade inabalável e permanente. A humanidade inteira está dividida entre uma e outra. 
      Depravação da Natureza:
      1. Ora, tendo o homem começado a multiplicar-se sobre a terra, e tendo gerado filhas formosas as quais eram tomadas como suas mulheres. 
      2. Deus Disse: o meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque é carne; e seus dias serão de 120 anos. 
      3. Deus vendo que era grande a malícia do homem sobre a terra, e todos os pensamentos dos seus corações estava continuamente aplicado ao mal, arrependeu-se de ter feito o homem sobre a terra. E, tocado de íntima dor de coração disse: Exterminarei da face da terra o homem que criei, desde homem e todos os animais, porque me pesa os ter feito, porem existia um homem que tinha a graça do senhor, um homem bom, era Noé. 
      Deus Anuncia o Dilúvio:
      1. Noé foi um homem bom, justo e perfeito entre os homens do seu tempo, andou com Deus. E gerou 3 filhos (Sem, Cam, e Jafet). 
      2. Ora a terra estava toda corrompida diante de Deus e cheia de iniqüidade, diante de tudo isso Deus disse a Noé: O fim de toda a carne chegou diante de mim e eu os exterminarei com a terra, faze uma arca de madeira, Deus passou para Noé todos os detalhes da arca, quartos, medidas, divisão etc.
      3. Eis que eu estou para derramar as águas do dilúvio sobre a terra para fazer morrer toda carne em que há espírito de vida debaixo do céu; tudo que há sobre a terra será consumido. 
      4. Mas contigo Noé estabelecerei a minha aliança, e entrarás na arca tu e teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos, e de um casal de cada espécie de todos os animais para que possam conservar-se. Tomarás também contigo de todas as coisas que podem comer, e as levarás junto de ti na arca, e servirão de alimentos a ti e aos animais. Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarentas noites; e exterminarei da terra todos os seres que fiz.
      Obs.: De acordo com o Pentateuco, os cinco primeiros livros do tradicional velho testamento da Bíblia escritos por Moises, Noé era filho de Lameque, que era filho de Matusalém, que era filho de Enoque, que era filho de Jarede, que era filho de Malalel, que era filho de Cainan ou Quenã, que era filho de Enos, que era filho de Sete, que era terceiro filho de Adão que era filho de Deus.





      O Dilúvio:


      Fez Noé tudo que Deus lhe tinha ordenado. E tinha seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra, e caiu chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. 

      Toda a carne que se movia sobre a terra foi consumida, tudo que respira sobre aterra morreu, ficou somente Noé e os que estavam com ele na arca. E as águas cobriram a terra durante cento e cinqüenta dias. 

      Fim do dilúvio: 

      Depois de 150 dias parou a arca sobre as montanhas de ararat, Noé, descoberto o teto da arca, olhou e viu que a superfície da terra estava seca, no segundo mês, no vigésimo sétimo dia do mês, a terra ficou seco. 

      E Deus falou a Noé, dizendo: Sai da arca e traga todos com você, sai para a terra; crescei e multiplicai-vos sobre ela, não amaldiçoarei mais a terra por causa dos homens, porque os sentidos e os pensamentos do coração do homem são inclinados desde a sua mocidade para o mal; não tornarei, pois, a ferir todos os seres vivos como fiz. Durante todos os dias da terra, a sementeira e a ceifa, o frio e o calor, o verão e o inverno, a noite e o dia não mais cessarão. 

      Deus abençoa Noé: 

      E Deus abençoou Noé e seus filhos e disse: crescei e multiplicai-vos e enchei a terra. Temas e vibrem na vossa presença todos os animais da terra que estão sujeitos a vosso poder, tudo que move e vive será vosso alimento, bem como os legumes verdes, eu vos dou todas estas coisas. Somente não comereis carne com sangue. Porque eu vingarei o vosso sangue na Mao de todos os animais que o derramarem; e vingarei a vida do homem sobre o homem e sobre o seu irmão. 

      Todos que derramarem o sangue humano serão castigados com o derramamento do seu próprio sangue. 

      Disse também Deus a Noé: Farei uma aliança convosco, e não tornará mais a perecer pelas águas do dilúvio, nem haverá mais para o futuro dilúvio que assole a terra. 

      E Deus disse: Eis o sinal da minha aliança, que faço entre mim e vos e com todos os animais, por todas as gerações futuras: Porei o meu arco nas nuvens, e ele será o sinal da aliança entre mim e a terra. E, quando eu tiver coberto o céu de nuvens, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança eterna com a terra. (Arco Iris)


      O repovoamento da Terra


      Os filhos de Noé, que eram Sem, Cam, e Jafet; Cam era o pai de Canaã, e por eles se propagou todo o Gênero humano sobre a terra,


      Maldição e benção de Noé aos seus filhos:


      Noé era agricultor e plantou vinha, certo dia tendo bebido muito vinho, embriagou-se, e pareceu nu na sua tenda. E Cam, pai de Canaã, tendo visto a nudez de pai, saiu falando mal dele para seus dois irmãos. Porem Sem e Jafet foram até a tenda o cobriram a nudez de seu Pai sem olhar para ele.


      Quando recobrou a consciência, e soube o que o seu filho mais novo tinha feito, Noé amaldiçoou seu neto Canaã, filho de Cam, dizendo: Maldito seja canaã, ele será escravo dos escravos de seus irmãos, e abençoou seus outros filhos, Sem e Jafet





      Descendentes de Noé
      Nações bíblicas descendentes dos filhos de Noé
      Sem
      Cam
      Jafet
      Hebreus
      Cananeus
      Gregos
      Caldeus
      Egípicios
      Trácios
      Assírios
      Filisteus
      Citas
      Elamitas
      Hititas
      Frígios
      Sírios
      Amorreus
      Medo-Persas
      Os descendentes de Sem eram chamados semitas. Os descendentes de Cam estabeleceram-se em Canaã, no Egito e na África. Os descendentes de Jafet estabeleceram-se, em sua maioria, na Europa e Ásia Menor.

      A torre de Babel, confusão das línguas e dispersão dos povos.



      A Torre de Babel foi uma torre construída por um povo com o objetivo que o cume chegasse ao céu, para chegarem a Deus e estarem mais perto dele. Isto era uma afronta dos homens para Deus, pois eles queriam se igualar a Deus. 
      Deus vendo aquilo não gostou, parou o projeto e fez com que a torre ruisse, d
      epois castigou os homens de maneira que estes falassem varias línguas, espalhou os povos em varias regiões distantes, para que os mesmos nunca mais se entendessem e não pudessem voltar a construir uma torre. 

      Isto explica a existência de muitas línguas e raças diferentes. A localização da construção teria sido na planície entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia (atual Iraque), uma região célebre por sua localização estratégica e pela sua fertilidade. 

      Posteridade de SEM, um dos Filhos de Noé 

      Sem teve vários filhos por muitas gerações, um dos filhos de Sem foi Taré que teve 3 filhos , Abrão , Nacor e Aram .




       Abrão e Viagem para Harã 

      Abrao é citado no livro de Gênesis como a nona geração de Sem, o qual foi um dos filhos do patriarca Noé que tinha sobrevivido às águas do dilúvio.

      Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, será uma bênção, abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. 

      Partiu, pois Abrão, como o Senhor lhe ordenara, e Lot(seu sobrinho) foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. 

      A partida para Canaã 
      Abrão levou consigo a Sarai, sua mulher, e a Lot, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e saíram a fim de irem à terra de Canaã.

      Passou Abrão pela terra até o lugar de Siquém, até o carvalho de Moré. Nesse tempo estavam os cananeus na terra. 

      Apareceu, porém, o Senhor a Abrão, e disse: à tua darei esta terra. Abrão, pois, edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera. 

      Então passou dali para o monte ao oriente de Betel, e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; também ali edificou um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor, depois continuou Abrão o seu caminho, seguindo ainda para o sul. 

      A seca e a viagem para o Egito 

      Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra. 

      Quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista; e acontecerá que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é mulher dele. E me matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida. 

      Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma em atenção a ti. 

      E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios que a mulher era mui formosa, até os príncipes de Faraó a viram e gabaram-na diante dele; e foi levada a mulher para a casa de Faraó. 

      E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e este veio a ter ovelhas, bois e jumentos, servos e servas, jumentas e camelos. 

      Porem o senhor não gosto do que fez o Faraó,e feriu-o e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. 

      Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? por que não me disseste que ela era tua mulher, Por que disseste: É minha irmã? de maneira que a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te. 

      E Faraó deu ordens aos seus guardas a respeito dele, os quais o despediram a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha. 

      Regresso à Canaã 

      Abraão, juntamente com sua esposa e com seu sobrinho Lot, retornou do Egito para a terra de Canaã, para o mesmo local onde havia se fixado ao Sul de Betel . Tornou-se muito rico, possuindo rebanhos de gado, prata e ouro. 

      Abraão retornou para Betel onde procurou o altar que havia feito para Deus e o invocou. Ali, no entanto, Abraão e Ló resolvem separar-se devido às contendas que havia entre os seus pastores por causa do numeroso rebanho que possuíam. 

      A separação de Abrão e Lot 

      Abrão resolveu evitar desavenças com o sobrinho por causa do rebanho e lhe deu a opção de escolher planície que desejasse. Lot preferiu fixar-se na planície do rio Jordão, na região de Sodoma e Gomorra, que antes de ser destruída era comparada com oJardim do Éden e com o Egito. Porém, Abrão preferiu permanecer em Canaã. 

      Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma. Lot tinha uma personalidade diferente e se inclinava mais para assuntos materiais ligados a negócios diversos, sendo esse o motivo pelo qual ambos se separaram, indo Ló para a rica cidade de Sodoma e se dedicando ao comércio e à criação de animais. 

      Após a separação de Lot, Deus apareceu novamente a Abrão confirmando dar aquela terra à sua descendência, ordenando-lhe que percorresse a região. 

      Dali, Abraão levanta novamente as suas tendas e se fixa junto aos carvalhais de manre, em Hebrom, onde edificou um novo altar a Deus. 

      Relação com os povos vizinhos 

      Houve uma guerra ocorrida envolvendo nove reinos. Os reinos de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Zoarpagaram tributos a Quedorlaomer, rei do Elão, durante doze anos e haviam se rebelado. Assim, houve então uma guerra em que Quedorlaomer e mais três reis aliados atacaram a Palestina, ferindo a vários povos e confrontando-se finalmente com os reis de Sodoma e Gomorra que foram vencidos numa batalha em Sidim

      Com a derrota de Sodoma, Lot foi levado cativo com toda as suas riquezas. Sabendo disso, Abraão, com apenas trezentos e dezoito homens, lutou contra os inimigos e os perseguiu até as proximidades de Damasco, libertando Ló, sua família e o povo de Sodoma. 

      Provavelmente os povos vizinhos de Salém reverenciavam e respeitavam o Rei sábio Melquisedeque, mas de certa forma temiam o grande líder militar Abraão. As suas batalhas e conquistas tornaram-se conhecidas em toda aquela região, fazendo de Abraão um líder muito respeitado. 

      O rei de Sodoma, Bera, como recompensa pela libertação, chegou a oferecer os bens que foram saqueados por Quedorlaomer, mas Abraão recusou-se. 

      Melquisedeque partiu ao encontro de Abraão após a vitória em Sidim, já no seu triunfante regresso. O rei de Salém trouxe pão e vinho para Abraão e lhe abençoou. Abraão, por sua vez lhe deu o dízimo de tudo que havia recobrado a Melquisedeque. Esta é a única parte no livro de Gênesis em que o personagem Melquisedeque é citado: 

      E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo. (Gênesis 14:18-19) 

      A Aliança de Abraão com Deus 

      Deus aparece a Abraão. Tendo este oferecido um sacrifício a Deus, foi-lhe revelado sobre o futuro de sua descendência que suportaria a escravidão por quatrocentos anos e que depois retornaria para a terra prometida. 

      Então disse a Abrão: saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. (Gênesis 15:13-16) 

      Nascimento de Ismael 

      Sendo Sara estéril e pretendendo dar um filho a seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para que gerasse o primeiro filho a Abraão. Hagar então gerou a Ismael, considerado pelos muçulmanos como o ancestral dos povos árabes. 

      Abrão teria sido pai pela primeira vez aos oitenta e seis anos. E, antes mesmo do nascimento de Ismael, surgiram conflitos entre Hagar e Sara, culminando na sua fuga do acampamento de Abraão. 

      Tendo Hagar fugido da presença de Sara, o Anjo do Senhor apareceu-lhe quando se encontrava junto a uma fonte de água, convencendo-a a retornar, sujeitar-se à sua senhora e lhe prometendo um futuro grandioso para seu filho. 

      A mudança no nome de Abrão e a instituição da circuncisão 

      Aos noventa e nove anos, novamente Deus aparece a Abraão, confirmando-lhe a sua promessa. Deus ordena que Abraão e todos os homens de sua casa fossem circuncidados. E que toda criança do sexo masculino que nascesse receberia esse sinal ao oitavo dia. 

      O filho de oito dias, pois, será circuncidado; todo macho nas vossas gerações, o nascido na casa e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua semente. 

      É nesta ocasião que Deus muda também os nomes de Abraão e de Sara, os quais até então chamavam-se Abrão e Sarai. 

      O nome Abraão significa pai de muitas nações. 

      Já a mudança do nome de Sarai para Sara é explicada na Bíblia com a promessa do nascimento de um filho, pondo fim à sua esterilidade. 

      A visita dos três anjos e a confirmação sobre o nascimento de Isaque, e a destruição de sodoma 


      Abraão foi circuncidado com noventa e nove anos após Deus ter anunciado que Sara daria à luz um filho - Isaque, que seria o herdeiro da promessa. Isaque nasceu no ano seguinte a esse anúncio. 

      O capítulo 18 de Gênesis diz que mais uma vez Deus apareceu a Abraão quando este se encontrava nos carvalhais de manre, à porta da tenda, e viu três varões celestiais (anjos). Estes confirmaram o nascimento de um filho a Sara e estavam se dirigindo para Sodoma a fim de cumprirem a ordem divina de destruição da cidade. 

      A cidade de Sodoma.




      O Senhor envia três homens, Anjos que aparecem como homens,  a Abraão, nas planícies de Manre.

      “Depois que os anjos receberam a hospitalidade de Abraão e Sara, sua esposa, o Senhor revela a Abraão que ele vai destruir Sodoma e Gomorra, porque o seu clamor é grande “, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito.
      Em resposta Abraão reverentemente pergunta do Senhor se pouparia a cidade se 50 pessoas justas foram encontradas no mesmo, para que o Senhor concorda que ele não iria destruí-lo após cada solicitação, para o bem dos justos ainda habita nele. Abraão então pergunta do Senhor por misericórdia em números menores (primeiros 45, depois 40, depois 30, depois 20 e, finalmente, 10), concorda  então o Senhor.
      Dois dos anjos de Deus é enviado a Sodoma e são recebidos pela família de lot, sobrinho  de Abraão , que convence os anjos para ficar  com ele, e  comer com sua família.
      Mas antes que se deitassem, os homens da cidade, os homens de Sodoma, jovens e velhos, todos os povos até o último homem, cercaram a casa e chamaram a Lot: "Onde estão os homens que a ti vieram nesta noite. Traga-os para nós, para que possamos conhecê-los para poder ter relações sexuais com eles".
      Em resposta, Lot se recusa a dar os seus convidados para os habitantes de Sodoma e, ao contrário, oferece-lhes suas duas filhas virgens para "fazer-lhes o que quiser." No entanto, eles se recusam a oferta e ameaçam fazer pior à Lot do que eles teriam feito para seus convidados, e depois se lançou em direção  a Lot para quebrar a porta.
      Porem os homens (Anjos) resgatou Lot das mãos da população, e lançou contra todos uma maldição, com a cegueira, para que não encontrassem a porta da casa de Lot, Então, disse os anjos a Lot: Como não encontramos nem 10 pessoas justas na cidade, reúna sua família e deixa sodoma, revelando que eles foram enviados para destruir Sodoma e Gomorra. 
      Na fuga da cidade os Anjos disse para a família de Lot ,não olhar para trás, sob qualquer circunstância. No entanto, como Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo Senhor com fogo e enxofrea mulher de Lot olha para trás, para a cidade, desafiando os Anjos, e ela se torna uma estátua de sal.

      Origem dos moabitas e dos amonitas. 


      E Lot partiu de Sodoma e habitou-se em uma caverna, e as duas filhas com ele. E a mais velha disse a mais nova: nosso pai está velho, e na terra não ficou homem algum com quem possamos nos casar e conservar a linhagem de nosso pai. ”pensava elas que com a destruição da cidade não iam conhecer mais a nenhum homem”.


      A filha mais velha propôs a mais nova que embebedasse o pai para ele não perceber, e elas dormiriam com ele para perpetuar a espécie do pai, e assim foi.

      E as duas filhas engravidaram de Lot, a mais velha teve um filho com o nome de Moab (pai dos moabitas existente até hoje), e a mais nova teve um filho com nome de Amon( pai dos amonitas, existente até hoje).


      Abraão peregrina em Gerar.

      Abraão parte de Hebrom para Gerar, que estaria situada entre Cades e Sur, região que corresponde á terra dos filisteus.
      Temendo a Abimeleque, rei de Gerar, Abraão novamente comete o mesmo erro praticado quando esteve no Egito e diz que Sara seria sua irmã. Abimeleque apaixona-se por Sara e a toma de Abraão.
      Deus então aparece em sonhos a Abimeleque e lhe adverte para que restituísse Sara a seu esposo.
      Obedecendo a Deus, Abimeleque trás Sara de volta a Abraão, entregando-lhe também bens e riquezas. Abraão então ora por Abimeleque que é perdoado.

      O nascimento de Isaque
      Abraão tinha a idade de cem anos quando tornou-se pai de Isaque.

      Abraão despede-se de Hagar e de Ismael
      Mesmo com o nascimento de Isaque, os conflitos entre Hagar e Sara continuaram, ameaçando a paz de sua família. Abraão então resolve despedir sua serva junto com o seu filho Ismael.

      Deus prova a fé de Abraão.
      Mais uma vez Deus falou com Abraão e lhe pediu uma verdadeira prova de fé, determinando que levasse o seu filho para oferecê-lo em sacrificio no Monte Moriá que fica próximo a Salém.
      Após ter viajado por três dias a partir de Berseba, Abraão avistou o local e subiu ao monte apenas na companhia de Isaque. Porém, quando levantou a mão para sacrificar seu filho, foi impedido pelo Anjo do Senhor e encontrou no mato um carneiro para ser oferecido em lugar de seu filho.
      A morte de Sara
      Sara morreu em Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire de Efrom, em Canaã, a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é considerada a primeira aquisição de uma propriedade do patriarca que sempre viveu como um peregrino em busca de melhores pastagens para o seu rebanho. A sepultura adquirida é posteriormente utilizada pelo patriarca e por seus descendentes.

       Abraão manda buscar uma noiva para Isaque
      Abraão enviou o seu servo Eliezer para que fosse à Mesopotâmia e trouxesse uma esposa para seu filho Isaque entre os seus parentes.
      Ocorreu que Milca e Naor tiveram oito filhos e netos. Eliezer então, ao chegar na cidade de Naor, encontra a Rebeca, filha de Betuel e irmã de Labão. Rebeca consente em ir com Eliezer e este a leva para Isaque.

       A união de Abraão com Quetura
      segunda núpcia de Abraão após a morte de Sara. Com a união de Abraão e Quetura, foram gerados mais seis filhos, dando origem a outros povos, inclusive os midianitas, e gerou-lhe Zinrã, e Jocsã, e Medã, e Midiã, e Isbaque e Suá.
       A morte de Abraão
      Abraão teria vivido cento e setenta e cinco anos e foi sepultado na Cova de Macpela por Isaque e Ismael.
      Tudo o que tinha deixou de herança para Isaque, guardando apenas presentes para os filhos de Hagar e de Quetura.

       para não nos perdermos na linhagem:
      Nome______Nasceu___ Morreu___Idade
      Adão __________0 _______930 ____930(Caim,Abel e outros)
      Sete _________130 ______1.042____ 912
      Enos ________ 235 ______1.140 ____905
      Cainan _______325 ______1.235 ____910
      Maalaleel _____395 ______1.290 ____895
      Jerede _______460 ______1.422 ____962
      Enoque ____ __622_______(987) ____365
      Metusalém ____687 ______1.656 ____969
      Lameque _____ 874 ______1.651 ____ 777
      Noé ________1.056 _____ 2.006 ____950
      Sem ________1.558 _____ 2.158 ____600
      DILÚVIO __1.656



      Filhos de Sem
      Arfaxade ____1.658 ______2.096 ____438
      Salá ________1.693 ______2.126 ____433
      Héber ______1.723 ______ 2.187 ____ 464
      Pelegue _____1.757 ______ 1.996 ____239
      Reú ________1.787 ______2.026 ____239
      Serugue _____1.819 ______2.049 ____230
      Naor _______1.849 ______ 1.997 ____148
      Terá _______1.878 ______ 2.083 ____205
      Abrão ______2.008_______2.183 ____175





      Obs.: Adão - Sete - Noé- Sem - Abraão (até aqui as personagens que a Bíblia dá mais ênfase)
      Abraão ainda não tinha filhos com Sarah quando se deu o nascimento de Ismael, o seu primogênito.
      Após Ismael completar 13 anos, Abraão teve então um filho com sua esposa Sarah ao qual ele deu o nome de Isaac, este foi o seu segundo filho, e Abraão teve vários outros filhos.

      Descendentes de Ismael e Isaac e nacimento de Esaú e Jacó.

      Filhos da carne:  nasceu da união física entre Abraão e Hagar: IsmaelFilhos da promessa:  Filho que DEUS prometeu a Abraão que seriam gerados a partir de Sara, sua esposa, que não podia mais ter filhos e então seria necessário um milagre ou intervenção de DEUS para que viesse a ser gerado o filho da promessa, Isaac, de quem nasceria Esaú e Jacó, de Jacó os doze patriarcas e daí para frente a nação de Israel. 


      Filhos de Ismael: O primogênito de Ismael foi Nabajot, depois Cedar, Abdeel, Mabsam, Masma, Duma, Massa, Hadar, Tema, Jetur, Nafiz, e Cedma, eles forma Doze príncipes das suas tribos. Ismael viveu cento e trintas e sete anos. 
      Filhos de Isaac: Aos 40 anos, Isaac casou com Rebeca, que lhe deu dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó. Quando estavam quase a nascer, o Senhor informou-a que no seu ventre trazia dois filhos que lutavam entre si, e ao nascerem, seriam rivais, mas o mais velho serviria o mais novo. 

      Esaú, o primogênito, tornou-se um robusto caçador e, Jacob era um jovem pálido de coração bondoso. Esaú adorava o campo e acompanhava o pai na caça de javalis em lugares selvagens; Jacob gostava de ficar em casa com a mãe, da qual era o filho preferido. 

      Um dia, de regresso a casa, muito cansado da caça, Esaú, viu que Jacob estava sentado na tenda a comer um prato de cozinhado e pediu-lhe um pouco, pois tinha fome. Jacob, astuto, disse que sim, mas em troca da primogenitura. Esaú, que tinha muita fome, aceitou a proposta e perdeu os privilégios que tinha por ser o primogênito, após a morte do pai e sob a sua bênção, ou seja, seria Jacob a herdar todos os bens do pai. 

      Isaac envelhecia e já estava quase cego. Ao se aperceber que a sua morte estava a chegar, quis ter junto de si o filho primogênito para o abençoar. Jacob, com a ajuda da mãe, foi para junto do pai, vestindo as roupas do irmão, conseguindo obter assim sua a bênção. A previsão que Deus fez a Rebeca cumpriu-se.

      Riqueza de Isaac e inveja dos filisteus.
      Deus disse a Isaac, não vá para para o Egito, mas fica na terra que eu te disser. Habita nela como estrangeiro, e eu serei contigo, e te abençoarei; porque darei a ti e todos seus descendente todas estas regiões, cumprindo o juramento que fiz a teu pai, Abraão. E multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu, e serão abençoados porque Abraão obedeceu a minha voz, e guardou os meus preceitos e meus mandamentos. Isaac, pois ficou em Gerara, mentiu que sua mulher era sua Irma com medo que os matasse, porem por ela, porem Abemelec descobriu, e com medo de uma maldição por apossar da mulher de Isaac , ele ordenou que ninguém tocasse nela ou seria punido de morte. 
      Isaac, pois semeou naquela terra, ficou muito rico e poderoso, tão poderoso que Abimelec, mandou ele ir embora, pois estava ficando mais poderoso que ele. e Isaac foi para Gerara. 

      Aliança com Abimelec
      Abimelec veio de Gerara procurá-lo, com Ocozat, seu amigo, e Ficol, general do seu exército. Isaac disse: “Por que me procurais, já que me detestais e me expulsastes do meio de vós?” Eles responderam: “Nós vimos que o Senhor está contigo, e pensamos conosco: Haja um juramento entre nós e ti. Queremos, pois, fazer aliança contigo. Jura que não nos farás nenhum mal, assim como também nós não tocamos em nada do que é teu e só te temos feito bem, deixando-te partir em paz. Agora, tu és o bendito do Senhor.” Isaac preparou-lhes um banquete, e eles comeram e beberam.

      No dia seguinte pela manhã, fizeram mutuamente os seus juramentos; Isaac despediu-os em seguida, e eles afastaram-se dele em paz. Nesse mesmo dia, os escravos de Isaac vieram dar-lhe notícias do poço que estavam cavando: “Encontramos água”, disseram eles. Ele pôs a esse poço o nome de Sibea. De onde vem o nome de Bersabéia, nome que a cidade conserva até o dia de hoje.

      As mulheres de Esáu

      Esaú, com a idade de quarenta anos, tomou por mulheres Judite, filha de Beeri, o hiteu, e Basemat, filha de Elon, o hiteu. Elas foram um motivo de desgosto para Isaac e Rebeca.

      Isaac abençoa Jacó em lugar de Esaú

      Isaac envelhecera e seus olhos enfraqueceram-se, de modo que não podia ver. Chamou Esaú, seu filho primogênito, e disse-lhe: “Meu filho!” ” Eis-me aqui!”, respondeu ele. Isaac disse: “Tu vês, estou velho e não sei quando vou morrer. Toma as tuas armas, tua aljava e teu arco, vai ao campo e mata-me uma caça.

      Prepara-me depois um prato suculento, como sabes que gosto, e traze-mo para que o coma e minha alma te abençoe antes que eu morra.” (Ora, Rebeca ouviu atentamente enquanto Isaac falava ao seu filho Esaú.) E Esaú partiu para o campo, a fim de matar e trazer a caça.

      Rebeca disse a Jacó, seu filho: “Acabo de ouvir teu pai dizer ao teu irmão Esaú para que lhe traga uma caça e lhe prepare um bom prato, a fim de comer e o abençoar diante do Senhor antes de morrer. Ouve-me, pois, meu filho, e faze o que te vou dizer. Vai ao rebanho e traze-me dois belos cabritos. Prepararei com eles um prato suculento para o teu pai, como ele gosta, tu lho levarás e ele comerá, a fim de que te abençoe antes de morrer.” “Mas, respondeu Jacó à sua mãe, Esaú, meu irmão, é peludo, enquanto eu sou de pele lisa.

      Se meu pai me tocar, passarei aos seus olhos por um embusteiro e atrairei sobre mim uma maldição em lugar de bênção.” “Tomo sobre mim esta maldição, meu filho, disse sua mãe. Ouve-me somente, e vai buscar o que te digo.” 
      Jacó foi e trouxe os dois cabritos, com os quais sua mãe preparou um prato suculento, como seu pai gostava.

      Escolheu as mais belas vestes de Esaú, seu filho primogênito, que tinha em casa, e revestiu com elas Jacó, seu filho mais novo. Cobriu depois suas mãos, assim como a parte lisa do pescoço, com a pele dos cabritos, e pôs-lhe nas mãos o prato suculento e o pão que tinha preparado.

      Jacó foi para junto do seu pai e disse-lhe: “Meu pai!” ”Eis-me aqui! Quem és, meu filho?” Jacó respondeu: “Eu sou Esaú, teu primogênito; fiz o que me pediste. Levanta-te, assenta-te e come de minha caça, a fim de que tua alma me abençoe.” “Como encontraste caça tão depressa, meu filho?” “É que o Senhor, teu Deus, fez que ela se apresentasse diante de mim.” “Aproxima-te, então, meu filho, para que eu te apalpe e veja se, de fato, és o meu filho Esaú.”

      Jacó aproximou-se de Isaac, seu pai, que o apalpou e disse: “A voz é a voz de Jacó, mas as mãos são as mãos de Esaú.” E não o reconheceu, porque suas mãos estavam peludas como as do seu irmão Esaú. E abençoou-o. “Tu és bem o meu filho Esaú?” Disse-lhe ele: “Sim.” “(Então) serve-me, para que eu coma de tua caça, meu filho, e minha alma te abençoe.” Jacó serviu-lhe e ele comeu; e trouxe-lhe também vinho, do qual ele bebeu.

      Então Isaac, seu pai, disse-lhe: “Aproxima-te, meu filho, e beija-me.” E, aproximando-se Jacó para lhe dar um beijo, Isaac sentiu o perfume de suas vestes, e o abençoou nestes termos. “Sim. o odor de meu filho é como o odor de um campo que o Senhor abençoou.

      Deus te dê o orvalho do céu e a gordura da terra, uma abundância de trigo e de vinho!
      Sirvam-te os povos e prostrem-se as nações diante de ti! Sê o senhor dos teus irmãos, e curvem-se diante de ti os filhos de tua mãe! Maldito seja quem te amaldiçoar e bendito quem te abençoar!” Apenas Isaac acabara de abençoar Jacó, e este saíra de junto do seu pai, chegou Esaú da caça.

      Preparou também ele um prato suculento e trouxe-o ao seu pai, dizendo: “Levanta-te, meu pai, e come da caça do teu filho, a fim de que tua alma me abençoe.” “Quem és tu?”, perguntou-lhe seu pai Isaac. “Eu sou o teu filho primogênito Esaú.”

      Então Isaac, tomado de emoção violenta, exclamou: “Quem é, pois, aquele que foi à caça e me trouxe o prato que eu comi antes que tu voltasses? Eu o abençoei, e ele será bendito.”Ouvindo estas palavras de seu pai, Esaú soltou um grito cheio de amargura, e disse-lhe: “Abençoa-me também a mim, meu pai!” “Teu irmão, respondeu-lhe Isaac, veio, fraudulentamente, tomar a tua bênção.”

      Esaú disse então: “Será porque ele se chama Jacó que me suplantou já duas vezes? Tirou-me meu direito de primogenitura, e eis que agora me rouba minha bênção!” E ajuntou: “Não reservaste, porventura, uma bênção também para mim?”

      Isaac respondeu-lhe: “Eu o constituí teu senhor, e dei-lhe todos os seus irmãos por servos e o estabeleci na posse do trigo do vinho. Que posso ainda fazer por ti, meu filho?” Esaú disse ao seu pai: “Então só tens uma bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai!” E pôs-se a chorar.

      Isaac tomou a palavra: “Eis, disse ele, que a tua habitação será desprovida da gordura da terra e do orvalho que desce dos céus. Viverás de tua espada, servindo o teu irmão, mas, se te libertares, quebrarás o seu jugo de cima do teu pescoço.”

       JACÓ FOGE PARA MESOPOTÂMIA.
      Esaú concebeu ódio por Jacó por causa da bênção que lhe tinha dado seu pai e disse em seu coração: “Virão os dias do luto de meu pai, e matarei meu irmão Jacó.” E foram referidas a Rebeca estas palavras do seu filho primogênito.
      Ela mandou chamar seu filho mais novo, Jacó, e disse-lhe: “Teu irmão Esaú quer matar-te para se vingar de ti. Escuta-me, pois, meu filho: vai, foge para junto de Labão, meu irmão, em Harã; fica em casa dele algum tempo, até que se acalme a cólera do teu irmão.


      Assim que passar a sua cólera e tiver ele esquecido do que lhe fizeste, mandar-te-ei buscar. Por que perderia eu vocês dois num só dia?” Rebeca disse a Isaac: “Estou desgostosa da vida por causa das filhas de Het. Se Jacó tomar uma mulher entre as filhas de Het, para que ainda viver?”


       Isaac chamou Jacó e o abençoou, dando-lhe esta ordem: “Não desposarás uma filha de Canaã: Mas vai a Padã-Arã, à casa de Batuel, pai de tua mãe, e escolhe lá uma mulher entre as filhas de Labão, irmão de tua mãe.

      Deus todo-poderoso te abençoe te faça crescer e multiplicar, de sorte que te tornes uma multidão de povos. “Dê-te ele, como também à tua posteridade, a bênção de Abraão, a fim de que possuas a terra onde moras, e que Deus deu a Abraão.” Isaac despediu Jacó, e este partiu para Padã-Arã, para a casa de Labão, filho de Batuel, o arameu, irmão de Rebeca, a mãe de Jacó e de Esaú.


      Ora, Esaú viu que seu pai tinha abençoado Jacó, e o tinha enviado a Padã-Arã para aí tomar uma mulher e que, depois de tê-lo abençoado, lhe proibira desposar uma filha de Canaã. Viu também que Jacó, obedecendo aos seus pais, partira para Padã-Arã. E, compreendendo que as filhas de Canaã não eram bem vistas pelo seu pai, foi à casa de Ismael e tomou por mulher, além daquelas que já tinha a Maelet, filha de Ismael, filho de Abraão, irmã de Nabaiot

      viagem e visão de jACÓ(PRÓXIMO...)
      Jacó, partindo de Bersabéia, tomou o caminho de Harã. Chegou a um lugar, e ali passou a noite, porque o sol já se tinha posto. Serviu-se como travesseiro de uma das pedras que ali se encontravam, e dormiu naquele mesmo lugar.
      E teve um sonho: via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor, que lhe dizia: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que estás deitado. Tua posteridade será tão numerosa como os grãos de poeira no solo; tu te estenderás, para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o meio-dia, e todas as famílias da terra serão benditas em ti e em tua posteridade. Estou contigo, para te guardar onde quer que fores, e te reconduzirei a esta terra, e não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi.


      ”Jacó, despertando de seu sono, exclamou: “Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!”“. E, cheio de pavor, ajuntou: “Quão terrível é este lugar não tem nada! “Tão somente a casa de Deus; é aqui a porta do céu.” No dia seguinte, pela manhã, tomou Jacó a pedra: sobre a qual repousara a cabeça e a erigiu em estela, derramando óleo sobre ela. Deu o nome de Betel a este lugar, que antes se chamava Luz.
      Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir,e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que receber.”



      chegada de jacó a haran

      Jacó partiu par o país do Oriente, onde se encontrou com Raquel, filha de Labão seu tio, e seu rebanho de ovelhas, Raquel era prima de Jacó.

      Raquel levou Jacó até a presença de seu pai Labão que disse: Tu és meu osso e minha carne.


      Casamento de jacó com lia e  com raquel
      Labão tinha duas filhas: A mais velha chamada Lia, e a mais nova Raquel, esta mais era linda que a Lia, Jacó encantado com Raquel disse ao Labão: Eu te servirei sete anos da minha vida por Raquel. Labão respondeu: Melhor é que eu a dê a ti, do que a outro homem; fica comigo.

      Jacó serviu Labão por sete anos, e disse a Labão: Dá-me a minha mulher que já cumpri os sete anos.

      Labão fez um grande banquete para comemorar, porem, quando a noite chegou, em vez de Raquel. Labão mandou a filha mais velha Lia, como era noite, sem perceber, Jacó passou a noite com a Lia.

      Pela manhã viu que era Lia e não Raquel , foi ter com Labão,  porque me enganou, e Labão Disse: não é constume no nosso país casar a mais nova primeira, portanto se você quiser Raquel terá que me servir mais sete anos, jacó topou casando tambem com Raquel, que ganhou de presente do pai a escrava Bala.

      Jacó desprezava a Lia, dando atenção apenas para Raquel a mais bela, o senhor vendo o  sofrimento da Lia, torna-a fecunda, e tornou a Raquel esteril.

      Lia deu luz a 4 filhos  de Jacó (Rúben, Simeão, Levi, Judá), a cada filho que nasci a esperança da Lia era ter mais atenção do marido.

      CASAMENTO DE JACÓ COM A ESCRAVA DE RAQUEL- BALA.
      Ora, Raquel tendo inveja de sua irmã, deu sua serva Bala para Jacó para que tenhas filhos para ela, Bala deu a luz à (Dan, Neftali).
      Lia vendo que tinha cessado de ter filhos, também deu a sua serva Zelfa para Jacò, e tiveram os filhos (Gad, Aser), Jacó teve vários outros filhos, e teve também filho com a Lia (Issacar, Zabulão e uma filha, Dina), Raquel também teve filho(José). 

      Jacó teve doze filhos, nascidos na seguinte ordem: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. Esses homens são muito importantes porque são basicamente os pais das doze tribos de Israel.

      Jacó era parcial para José e José era favorecido por Deus com visões e revelações de Deus. Por isso, José foi invejado e odiado por seus irmãos. Um dia, quando José saiu para ver o que seus irmãos mais velhos estavam fazendo com os rebanhos no campo, conspiraram matá-lo. 

      Deus, porém, interveio e venderam José a mercadores medianitas, invés de matá-lo. Depois, medianitas venderam-no como escravo a Potifar (o capitão da guarda do faraó egípcio). Aqueles homens eram sem coração e impiedosos o suficiente para vender seu próprio irmão, como veremos adiante.

      Convenção entre jacó e labão. 


      Após nascimento de José, disse Jacó ao seu sogro: Deixe que eu volte para minha terra. 


      Dá-me as mulheres e meus filhos pelos quais te tenho servido, e Labão perguntou: O que eu posso te dar em agradecimento. Jacó disse: não quero nada em dinheiro e sim em ovelhas, passa pelos seus rebanhos e separa todas elas, e tudo que nascer malhado ou em cores diferente de preto e branco será meu. 

      Labão topou, e quando chegava a época de dar cria, Jacó pegou  umas varas de cor variadas e colocou no lugar onde as ovelhas iam beber água para que elas olhassem e  assim tinham muitas crias de cores, e seriam todas de Jacó, e ele se tornou muito rico

      Jacó foge de Mesopotâmia 

      Jacó ficou sabendo que os filhos de Labão andavam dizendo o seguinte: Jacó está tirando tudo o que é do nosso pai. É às custas do nosso pai que ele está ficando rico. 


      Jacó também notou que Labão já não se mostrava tão amigo como antes. Então o Senhor Deus disse a Jacó: Volte para a terra dos seus pais, onde estão os seus parentes. Eu estarei com você. 

      Aí Jacó mandou chamar Raquel e Lia para que viessem ao campo, onde ele estava com as suas ovelhas e cabras. Quando chegaram, ele disse: Tenho reparado que o pai de vocês já não se mostra tão meu amigo como antes; mas o Deus do meu pai tem estado comigo. Vocês sabem muito bem que tenho me esforçado muito, trabalhando para o pai de vocês. Mas ele me tem enganado e já mudou o meu salário umas dez vezes. Porém Deus não deixou que ele me prejudicasse. Quando ele dizia: “Os cabritos com manchas serão o seu salário”, aí as fêmeas tinham crias manchadas. E, quando ele dizia: “Os cabritos listados serão o seu salário”, aí as crias saíam todas listadas. Foi assim que Deus tirou os rebanhos do pai de vocês e os deu a mim. 

      Um dia, quando os animais estavam no tempo do cruzamento, eu tive um sonho. Eu vi que os bodes que cobriam as fêmeas eram listados, malhados e manchados. O Anjo de Deus me chamou pelo nome, e eu respondi: “Aqui estou.” Então ele continuou: “Veja! Todos os bodes que estão cruzando são listados, malhados e manchados. Eu estou fazendo com que isso aconteça porque tenho visto o que Labão está fazendo com você. Eu sou o Deus que apareceu a você em Betel, onde você me dedicou uma pedra, derramando azeite sobre ela, e onde você me fez uma promessa. Agora prepare-se, saia desta terra e volte para a terra onde você nasceu.” 

      Então Raquel e Lia responderam: Não sobrou nada para herdarmos do nosso pai. Ele nos trata como se fôssemos estrangeiras. Ele até nos vendeu e depois gastou todo o dinheiro que recebeu como pagamento. Toda a riqueza que Deus tirou do nosso pai é nossa e dos nossos filhos. Portanto, faça tudo o que Deus mandou. 

      Jacó se preparou para voltar a Canaã, onde morava Isaque, o seu pai. Fez com que os seus filhos e as suas mulheres montassem os camelos, ajuntou tudo o que tinha e partiu, levando todos os animais que havia conseguido com o seu trabalho na Mesopotâmia. Labão, o pai de Raquel, havia ido para outro lugar a fim de cortar a lã das suas ovelhas; e, enquanto ele estava fora, Raquel roubou as imagens dos deuses da casa dele. Foi assim que Jacó, sem avisar que ia embora, enganou Labão, o arameu, fugindo com tudo o que tinha. Atravessou o rio Eufrates e foi na direção da região montanhosa de Gileade.

      Labão  persegue Jacó. 

      Três dias depois Labão ficou sabendo que Jacó havia fugido. Ele reuniu os seus parentes e foi atrás de Jacó. Sete dias depois, Labão alcançou Jacó na região montanhosa de Gileade. Naquela noite Deus apareceu num sonho a Labão, o arameu, e disse: Cuidado! Não faça nada a Jacó. 



      Labão alcançou Jacó na região montanhosa de Gileade, onde ele estava acampado. E Labão e os seus parentes acamparam no mesmo lugar. Aí Labão disse a Jacó: Por que foi que você me enganou, levando as minhas filhas como se fossem prisioneiras de guerra? Por que você me enganou, fugindo desse jeito, sem me dizer nada? Se você tivesse falado comigo, eu teria preparado uma festa alegre de despedida, com canções acompanhadas de pandeiros e de liras. Você nem me deixou beijar os meus netos e as minhas filhas. 

      O que você fez foi coisa de gente sem juízo. Eu poderia ter feito muito mal a vocês, mas na noite passada o Deus do seu pai me disse assim: “Cuidado! Não faça nada a Jacó.” Eu sei que você foi embora porque tinha saudades de casa. Mas por que foi que você roubou as imagens dos deuses da minha casa? 
      Jacó respondeu: Eu fiquei com medo, pois pensei que o senhor ia me tirar as suas filhas à força. Mas, se o senhor achar as suas imagens com alguém aqui, essa pessoa será morta. Os nossos parentes são testemunhas: se o senhor encontrar aqui qualquer coisa que seja sua, pode levar. 

      Acontece que Jacó não sabia que Raquel havia roubado as imagens. 

      Labão entrou na barraca de Jacó, depois na de Léia e depois na das duas escravas, porém não encontrou as suas imagens. Então foi para a barraca de Raquel. Aí ele procurou em toda parte, porém não achou nada, pois Raquel havia posto as imagens numa sela de camelo e estava sentada em cima. Ela disse ao pai: O senhor não fique zangado comigo por eu não me levantar, mas é que estou menstruada. 

      Foi assim que Labão procurou as suas imagens, sem as encontrar. 

      Aí Jacó ficou zangado. Ele disse a Labão: O que foi que eu fiz de errado? Qual foi a lei que eu quebrei para o senhor me perseguir com tanta raiva? Agora que mexeu em todas as minhas coisas, será que encontrou alguns objetos que são seus? Pois ponha esses objetos aqui, na frente dos meus parentes e dos seus, para que eles julguem qual de nós dois está com a razão. Durante os vinte anos que trabalhei para o senhor, as suas ovelhas e as suas cabras nunca tiveram abortos, e eu não comi um só carneiro do seu rebanho. Nunca lhe trouxe os animais que as feras mataram, mas eu mesmo pagava o prejuízo. 

      O senhor me cobrava qualquer animal que fosse roubado de dia ou de noite. A minha vida era assim: de dia o calor me castigava, e de noite eu morria de frio. E quantas noites eu passei sem dormir! Fiquei vinte anos na sua casa. Trabalhei catorze anos para conseguir as suas duas filhas e seis anos para conseguir os seus animais. E, ainda por cima, o senhor mudou o meu salário umas dez vezes. Se o Deus dos meus antepassados – o Deus de Abraão, o Deus a quem Isaque temia – não tivesse estado comigo, o senhor teria me mandado embora com as mãos vazias. Mas Deus viu o meu sofrimento e o trabalho que tive e ontem à noite ele resolveu a questão.



      Aliança Jacó e Labão.

      Labão respondeu a Jacó assim: Estas filhas são minhas, os netos são meus, estes animais são meus, e tudo o que você está vendo é meu. Agora, como não posso fazer nada para ficar com as minhas filhas e com os filhos que elas tiveram, estou disposto a fazer um trato com você. Vamos fazer aqui um montão de pedras para que lembremos desse trato.

      Então Jacó pegou uma pedra e a pôs de pé como se fosse um pilar. Depois disse aos seus parentes que ajuntassem e amontoassem pedras. Eles fizeram um montão de pedras e depois tomaram uma refeição ali do lado dele. Labão pôs naquele lugar o nome de Jegar-Saaduta, e Jacó o chamou de Galeede. Depois Labão disse: Este montão de pedras servirá para que nós dois lembremos desse trato.
      Foi por isso que aquele lugar recebeu o nome de Galeede. E também teve o nome de Mispa porque Labão disse: Que o Senhor Deus fique nos vigiando quando estivermos separados um do outro! Se você maltratar as minhas filhas ou se você casar com outras mulheres, mesmo que eu não saiba o que está acontecendo, lembre que Deus está nos vigiando. Aqui estão as pedras e o pilar que coloquei entre nós dois.
      O montão de pedras e o pilar são para lembrarmos desse trato. Eu nunca passarei para lá deste pilar para atacá-lo, e você não passará para cá deste montão de pedras e deste pilar para me atacar. O Deus de Abraão e o Deus de Naor será juiz entre nós.
      Então Jacó fez um juramento em nome do Deus a quem Isaque, o seu pai, temia. Ele ofereceu um animal em sacrifício ali na montanha e convidou os seus parentes para uma refeição. Naquela noite eles comeram e dormiram ali na montanha.
      Na manhã seguinte Labão se levantou bem cedo, beijou as suas filhas e os seus netos e os abençoou. E depois foi embora, voltando para a sua terra.
      Encontro de  Jacó com os anjos 


      Jacó estava continuando a sua viagem quando alguns anjos de Deus foram encontrar-se com ele. Quando Jacó os viu, disse: Este é o acampamento de Deus.Por isso pôs naquele lugar o nome de Maanaim.


      Jacó mandou mensageiros para a região de Seir, também chamada de Edom, a fim de se encontrarem com Esaú e lhe darem esta mensagem: “Eu, Jacó, estou às suas ordens para servi-lo. Durante todo esse tempo morei com Labão. Tenho gado, jumentos, ovelhas, cabras, escravos e escravas. Estou mandando este recado ao senhor, esperando ser bem recebido.”

      Os mensageiros voltaram e disseram: Estivemos com Esaú, o seu irmão. Ele já vem vindo para se encontrar com o senhor. E vem com quatrocentos homens. Quando Jacó ouviu isso, teve muito medo e ficou preocupado. Então dividiu em dois grupos a gente que estava com ele e também as ovelhas, as cabras, o gado e os camelos. Ele pensou que, se Esaú viesse e atacasse um grupo, o outro poderia escapar.

      Depois Jacó fez esta oração:

      "Ouve-me, ó Senhor, Deus do meu avô Abraão e de Isaque, o meu pai! Tu me mandaste voltar para a minha terra e para os meus parentes, prometendo que tudo correria bem para mim. Eu, teu servo, não mereço toda a bondade e fidelidade com que me tens tratado. Quando atravessei o rio Jordão, eu tinha apenas um bastão e agora estou voltando com estes dois grupos de pessoas e animais. Ó Senhor, eu te peço que me salves do meu irmão Esaú. Tenho medo de que ele venha e me mate e também as mulheres e as crianças. Lembra que prometeste que tudo me correria bem e que os meus descendentes seriam como a areia da praia, tantos que ninguém poderia contar".

      Naquela noite Jacó dormiu ali. Depois ele escolheu alguns dos seus animais para dar de presente a Esaú. Escolheu duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros, trinta camelas com as suas crias, que ainda mamavam, quarenta vacas e dez touros, e vinte jumentas e dez jumentos. Jacó dividiu esses animais em grupos e pôs um empregado para tomar conta de cada grupo. E deu esta ordem: Vocês vão na frente, deixando um espaço entre os grupos.


      Jacó disse ao primeiro empregado: Quando o meu irmão Esaú se encontrar com você, ele vai perguntar: “Quem é o seu patrão? Aonde você vai? E de quem são esses animais que você vai levando?” Então responda assim: “Estes animais são do seu criado Jacó. São um presente que ele está enviando ao seu patrão Esaú. E ele também vem vindo aí atrás.”

      Também ao segundo, e ao terceiro, e a todos os outros que tomavam conta dos grupos, Jacó disse: Quando vocês se encontrarem com Esaú, digam a mesma coisa. E não esqueçam de dizer isto: “O seu criado Jacó vem vindo aí atrás.”

      É que Jacó estava pensando assim: “Vou acalmar Esaú com os presentes que irão na minha frente. E, quando nos encontrarmos, talvez ele me perdoe.” Desse modo Jacó mandou os presentes na frente e passou aquela noite no acampamento.


      Encontro de Isaú e Jacó.

      Jacó, levantando os olhos, viu Esaú que avançava com quatrocentos homens. Repartiu então os filhos entre Lia, Raquel e as duas servas. Colocou as servas com seus filhos na frente, depois Lia com os seus, e, por último Raquel com José. E ele, passando adiante, prostrou-se até a terra sete vezes antes de se aproximar do seu irmão. Mas Esaú correu-lhe ao encontro e beijou-o; ele atirou-se ao seu pescoço e beijou-o; e puseram-se a chorar.


      Levantando os olhos, Esaú viu as mulheres e as crianças: “Quem são estes que tens contigo?”, perguntou ele. “São, respondeu Jacó, os filhos que aprouve a Deus dar ao teu servo.” Aproximaram-se então as servas com seus filhos e prostraram-se. Lia com seus filhos adiantaram-se por sua vez e prostraram-se, e, enfim, José e Raquel, que se prostraram também.

      Esaú disse: “Que significa todo esse acampamento que encontrei?” “E, disse Jacó, para ganhar o favor de meu senhor.” Esaú disse-lhe: “Possuo muitos bens, meu irmão, guarda o que te pertence.” “Oh, suplico-te, replicou Jacó, se ganhei teu favor, aceita este presente de minhas mãos; porque te contemplei como se contempla Deus, e me fizeste bom acolhimento.

      Aceita o presente que te ofereço; pois Deus cumulou-me de seus favores, e nada me falta.” E tanto insistiu que Esaú aceitou. Esaú disse: “Partamos, ponhamo-nos a caminho; eu te precederei.” Jacó disse-lhe: “Tu vês, meu senhor, que os meninos são delicados; e tenho de cuidar das ovelhas e vacas que amamentam; se os fizer caminhar ainda um só dia, morrerá todo o rebanho.

      Que o meu senhor vá, pois, adiante de seu servo; eu seguirei devagar, ao passo do rebanho que vai adiante de mim, e ao passo dos meninos, até que chegue à casa de meu senhor em Seir.” “Permita-me ao menos, disse-lhe Esaú, deixar-te uma parte de meus homens.””Não é necessário, disse Jacó; basta-me ter achado graça aos olhos do meu senhor!”

      No mesmo dia, Esaú retomou o caminho de Seir. Jacó partiu para Socot, onde, tendo edificado uma casa, construiu também cabanas para o seu rebanho. Daí o nome de Socot dado a esse lugar. De volta de Padã-Arã, Jacó chegou sem contratempos à cidade de Siquém, na terra de Canaã. E acampou diante da cidade. Comprou por cem moedas de prata aos filhos de Hemor, pai de Siquém, o pedaço de terra onde havia levantado sua tenda. Levantou aí um altar, ao qual chamou El-Deus de Israel.

      Rapto de Dina.
      Dina, a filha que Lia tinha dado a Jacó, saiu para ver as filhas da região. Tendo-a visto Siquém, filho de Hemor, o heveu, príncipe daquela terra, raptou-a e dormiu com ela, violentando-a. Seu coração prendeu-se a Dina, filha de Jacó: ele amou a jovem, e soube falar-lhe ao coração.

      E disse então ao seu pai Hemor: “Dá-me esta jovem por mulher.” Ora, Jacó soube do ultraje que ele tinha feito à sua filha, mas, como seus filhos estivam no campo com o rebanho, não disse nada até que voltassem. 


      Hemor, pai de Siquém, veio ter com Jacó para lhe falar. Quando os filhos de Jacó, voltando do campo, souberam o que se tinha passado, indignaram-se muito, porque Siquém se tornara culpado de uma grande infâmia contra Israel, dormindo com a filha de Jacó. Isto são coisas que não se fazem. Hemor disse-lhes então: “Meu filho Siquém está enamorado de vossa filha; dai-a por mulher, eu vos peço.

      Aliai-vos conosco: dai-nos vossas filhas e desposai as nossas. Habitai no meio de nós, pois a terra estará à vossa disposição; podereis estabelecer-vos e negociar nela, e adquirir propriedades.” De seu lado, Siquém disse ao pai e aos outros irmãos de Dina: “Ache eu graça aos vossos olhos, e dar-vos-ei o que pedirdes. Seja qual for o preço de compra e os presentes que exigirdes, o que me fixardes, isto eu darei, contanto que me deis a jovem por mulher.”

      Os filhos de Jacó deram a Siquém e a Hemor uma resposta dolosa, porque Siquém havia ultrajado sua irmã Dina: “Dar nossa irmã a um incircunciso, disseram eles, é uma coisa que não podemos fazer, porque isto seria desonroso para nós. Só acederemos ao vosso desejo à condição de que vos torneis como nós, e que todos vossos varões sejam circuncidados. 

      Então vos daremos nossas filhas e desposaremos as vossas, habitaremos convosco e formaremos todos um só povo. Mas se não nos quiserdes ouvir e não vos deixardes circuncidar tomaremos nossa filha e nos retiraremos.” O seu oferecimento agradou a Hemor e ao seu filho. O jovem não tardou em fazer o que se lhe pedia, porque estava enamorado da filha de Jacó.


      Era o homem mais considerado de sua família. Hemor e seu filho foram à porta da cidade e disseram a seus concidadãos: “Estes homens são pacíficos conosco; fiquem eles na terra e possam aí circular. A região é bastante espaçosa para eles, tanto para a direita como para a esquerda. Desposaremos suas filhas e eles desposarão as nossas. 

      Mas eles só consentem em ficar conosco, de modo a fazermos todos um só povo, com a condição de que todos os nossos varões sejam circuncidados como o são eles mesmos. Com isso os seus rebanhos, os seus bens e todos os seus animais, tudo não será nosso? Aceitemos, pois, suas condições a fim de que se estabeleçam entre nós.” 

      Vingança dos irmãos de Dina. 

      E eis que, qo terceiro dia, quando a dor das feridas é mais violenta, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmão de Dina, empunharam as espadas, entraram na cidade passaram ao fio de espada todos os varões e também Hemor e Siquém, seu filho; tiraram Dina da casa de Siquém e foram-se.


      Os outros filhos de Jacó caíram impetuosamente sobre os mortos e assolaram a cidade, porque haviam ultrajado sua irmã. Tomaram suas ovelhas, seus bois, seus jumentos e tudo o que havia na cidade como nos campos.

      E levaram como espólio todos os seus bens, seus filhos, suas mulheres e tudo o que se encontrava em suas casas. Jacó disse a Simeão e a Levi: “Vós me lançastes na confusão e me tornastes odioso aos habitantes desta terra, aos cananeus e aos ferezeus. Só tenho comigo alguns homens e, quando toda essa gente se congregar contra mim para me ferir, perecerei com minha família.”

      Eles responderam: “Porventura, devíamos deixar abusar da nossa irmã como uma prostituta?


      Jacó em Betel. 

      Deus disse a Jacó: “Vamos, sobe a Betel e fica ali, e levanta um altar nesse lugar ao Deus que se manifestou a ti, quando fugias diante de teu irmão Esaú.” Jacó disse à sua família e à sua gente: “Tirai do meio de vós os deuses estrangeiros, purificai-vos e mudai vossos vestidos.



      Vamos subir a Betel, onde levantarei um altar ao Deus que me ouviu no dia de minha aflição, e que esteve comigo durante minha viagem.” Entregaram a Jacó todos os deuses estrangeiros que tinham, assim como os brincos que traziam nas orelhas, e Jacó enterrou-os debaixo de um terebinto, perto de Siquém. Partindo eles dali, Deus semeou o pânico nas cidades circunvizinhas, de sorte que não perseguiram os filhos de Jacó. 

      Chegou, portanto, Jacó com toda a sua gente à Luz, na terra de Canaã, hoje Betel. Levantou aí um altar e deu a esse lugar o nome de El-Betel, porque foi aí que Deus lhe aparecera, quando fugia diante de seu irmão. Foi então que morreu Débora, ama de Rebeca. E foi ali sepultada, ao pé de Betel, debaixo de um carvalho, ao qual se chamou carvalho dos Prantos.



      Quando Jacó voltou de Padã-Arã, Deus apareceu-lhe novamente e o abençoou. “Teu nome, disse-lhe ele, é Jacó. Tu não te chamarás mais assim, mas Israel.” E chamou-o Israel. Deus disse-lhe: “Eu sou o Deus todo-poderoso. Sê fecundo e multiplica-te. De ti nascerão um povo e uma assembléia de povos; e de teus rins sairão reis.

      A terra que dei a Abraão e a Isaac, eu ta darei e à tua posteridade.” Depois, Deus retirou-se de junto dele. No mesmo lugar onde Deus lhe falou, Jacó erigiu uma estela sobre a qual fez uma libação, e derramou óleo. E deu o nome de Betel ao lugar onde Deus lhe tinha falado.


      Nascimento de Benjamim.

      E partiram de Betel. Quando estavam a pouca distância de Efrata, Raquel deu à luz, e o seu parto foi penoso. 

      Durante as dores do parto, a parteira disse-lhe: “Não temas, porque ainda terás este filho.” E, estando prestes a render a alma – porque estava já agonizante – ela chamou o filho Benoni; o seu pai, porém, chamou-o Benjamim. Raquel expirou e foi sepultada no caminho de Efrata, hoje Belém.

      Jacó erigiu uma estela sobre seu túmulo; é a estela do túmulo de Raquel, que ainda hoje existe. Israel partiu e plantou sua tenda além de Migdal-Eder. Foi durante sua estada nessa região que Rubem foi dormir com Bala, concubina de seu pai, e Israel soube.


      Os filhos de Jacó foram em número de doze. 

      Filhos de Lia: Rubem, primogênito de Jacó, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zabulon. Filhos de Raquel: José e Benjamim. 

      Filhos de Bala, escrava de Raquel: Dã e Neftali.Filhos de Zelfa, escrava de Lia: Gad e Aser. Tais são os filhos nascidos a Jacó em Padã-Arã. Jacó foi para junto de seu pai Isaac em Mambré, em Quiriat-Arbé, hoje Hebron, onde tinham habitado Abraão e Isaac. 


      Morte de Isaac.

      E todos os dias da vida de Isaac foram cento e oitenta anos. E morreu. A morte reuniu-o aos seus, velho e saciado de dias. Esaú e Jacó, seus filhos, sepultaram-no


      Eis a descendência de Esaú, também chamado Edom.

      Esaú tomou suas mulheres entre as filhas de Canaã: Ada, filha de Elon, o hiteu; Oolibama, filha de Ana, filha de Sebeon, o heveu; e Basemat, filha de Ismael, irmã de Nabaiot. 

      Ada deu a Esaú, Elifaz; Basemat deu à luz Rauel, e Oolibama deu à luz Jeus, Ielon e Coré. 


      Tais são os filhos nascidos a Esaú na terra de Canaã. 


      Esaú tomou suas mulheres, seus filhos e suas filhas, assim como todo o seu pessoal, seus rebanhos, seus animais e todos os bens que tinha adquirido na terra de Canaã, e mudou-se para longe de seu irmão Jacó. 
      Seus bens eram, com efeito, numerosos demais para que pudessem morar juntos, e a terra em que habitavam não lhes bastava, por causa dos seus muitos rebanhos. Esaú estabeleceu-se na montanha de Seir. Esaú chamava-se também Edom.

      Eis a descendência de Esaú, pai de Edom, na montanha de Seir. Estes são os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; Rauel, filho de Basemat, mulher de Esaú.



      Ciúmes dos irmãos de José. 
      Jacó habitou na região onde seu pai havia morado, na terra de Canaã. 
      Eis a história da descendência de Jacó: José, ainda jovem, com a idade de dezessete anos, apascentava o rebanho com seus irmãos, os filhos de Bala e os filhos de Zelfa, mulheres de seu pai; e ele contou ao seu pai as más conversas dos irmãos. 

      Israel amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica de várias cores. Seus irmãos, vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo com bons modos. 

      Ora, José teve um sonho, e o contou aos seus irmãos, que o detestaram ainda mais: 

      “Ouvi, disse-lhes ele, o sonho que tive: estávamos ligando feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e se pôs de pé, enquanto os vossos o cercavam e se prostravam diante dele.” 

      Seus irmãos disseram-lhe: “Quererias, porventura, reinar sobre nós e tornar-te nosso senhor?” E odiaram-no ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras. José teve ainda outro sonho, que contou aos seus irmãos. “Tive, disse ele, ainda um sonho: o sol, a lua e onze estrelas prostravam-se diante de mim.” 

      Ele contou isso ao seu pai e aos seus irmãos, mas foi repreendido por seu pai: “Que significa, disse-lhe ele, este sonho que tiveste? Viremos, porventura, eu, tua mãe e teus irmãos, a nos prostrar por terra diante de ti?” 

      Seus irmãos ficaram, pois, com inveja dele, mas seu pai guardou a lembrança desse acontecimento. Os irmãos de José foram apascentar os rebanhos de seu pai em Siquém. Israel disse a José: “Teus irmãos guardam os rebanhos em Siquém. Vem: vou mandar-te a eles.” “Eis-me aqui”, respondeu José. 

      “Vai, pois, ver se tudo corre bem a teus irmãos e ao rebanho, e traze-me notícias deles.” Enviou-o do vale de Hebron, e José foi a Siquém. Um homem encontrou-o errando pelo campo: “Que buscas?” perguntou ele. 

      “Busco meus irmãos, respondeu ele. Dize-me onde apascentam os rebanhos.” 

      E o homem respondeu: “Partiram daqui e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain.” Partiu então José em busca dos seus irmãos e encontrou-os em Dotain. Eles o viram de longe. Antes que José se aproximasse, combinaram entre si como o haveriam de matar; e disseram: “Eis o sonhador que chega. 

      “Vamos, matemo-lo e atiremo-lo numa cisterna; diremos depois que uma fera o devorou; e então veremos de que lhe aproveitaram os seus sonhos.” Ouvindo-o, porém, Rubem, quis livrá-lo de suas mãos: “Não lhe tiremos a vida, disse ele. Não derrameis sangue. “Jogai-o naquela cisterna, no deserto, mas não levanteis vossa mão contra ele.” Pois Rubem pensava livrá-lo de suas mãos para reconduzi-lo ao pai. 

      Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua túnica, daquela bela túnica de várias cores que trazia, e jogaram-no numa cisterna velha, que não tinha água. 


      José é vendido e levado para o Egito. 

      E, sentando-se para comer, eis que, levantando os olhos, viram surgir no horizonte uma caravana de ismaelitas vinda de Galaad. Seus camelos estavam carregados de resina, de bálsamo e de ládano, que transportavam para o Egito. 

      Então Judá disse aos seus irmãos: “Que nos aproveita matar nosso irmão e ocultar o seu sangue? 

      Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas. Não levantemos nossas mãos contra ele, pois, afinal, é nosso irmão, nossa carne.” Seus irmãos concordaram. 

      E, quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito. 

      Rubem voltou à cisterna, e eis que José já não estava ali. 

      Rasgou então suas vestes e voltou para junto dos seus irmãos: “O menino desapareceu, disse ele. E eu, para onde irei?” Tomaram então a túnica de José, mataram um cabrito e a mergulharam no seu sangue. 

      E mandaram-na levar ao seu pai com esta mensagem: “Eis o que encontramos: vê se não é, porventura, a túnica do teu filho.” Jacó reconheceu-a e exclamou: “É a túnica de meu filho! Uma fera o devorou! José foi estraçalhado!” 

      E, rasgando as vestes, cobriu-se de um saco, e chorou o seu filho por muito tempo. 

      Todos os seus filhos e filhas vieram consolá-lo, mas ele não aceitou nenhuma condolência: “É chorando, disse ele, que descerei para junto de meu filho na habitação dos mortos.” Foi assim que o seu pai o chorou. Os madianitas venderam-no a Putifar, no Egito, eunuco do faraó e chefe da guarda.

      Filhos de Judá Nascidos de Tamar
      Naquele tempo, Judá, apartando-se dos seus irmãos, foi para a casa de um homem de Odolão, chamado Hira. Judá viu ali a filha de um cananeu, de nome Sué, e desposou-a, unindo-se a ela. 

      Ela concebeu e deu à luz um filho, ao qual chamou Her. Concebeu novamente e deu ao mundo um filho, e deu-lhe o nome de Onã. E teve ainda um filho, que chamou Sela. Judá estava em Achzib na ocasião desse nascimento. 

      Judá escolheu para Her, seu primogênito, uma mulher chamada Tamar. Her, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, e o Senhor o feriu de morte. Então Judá disse a Onã: “Vai, toma a mulher de teu irmão, cumpre teu dever de levirato e suscita uma posteridade a teu irmão.” 

      Mas Onã, que sabia que essa posteridade não seria dele, maculava-se por terra cada vez que se unia à mulher do seu irmão, para não dar a ele posteridade. Seu comportamento desagradou ao Senhor, que o feriu de morte também. 

      E Judá disse a Tamar, sua nora: “Conserva-te viúva em casa de teu pai até que meu filho Sela se torne adulto.” “Não é bom, pensava ele consigo, que também ele morra como seus irmãos.” E Tamar voltou a habitar na casa paterna. 

      Muito tempo depois, morreu a filha de Sué, mulher de Judá. Passado o luto, subiu Judá a Tamna para a tosquia de suas ovelhas, com seu amigo Hira, o odolamita. 

      E foi noticiado a Tamar: “Eis que o teu sogro sobe a Tamna para a tosquia de suas ovelhas.” Depôs ela então os seus vestidos de viúva, cobriu-se de um véu, e, assim disfarçada, assentou-se à entrada de Enaim, que se encontra no caminho de Tamna, pois via que Sela tinha crescido e não lha tinham dado por mulher. 

      Judá, vendo-a, julgou tratar-se de uma prostituta, porque tinha o rosto coberto. E, chegando-se a ela no caminho, disse: “Queres juntar-te comigo?” (Ignorava ele que se tratava de sua nora.) Ela respondeu: “O que me darás para juntar-me contigo?” “Mandar-te-ei um cabrito do meu rebanho.” “Está bem; mas dá-me então um penhor, até que o tenhas enviado.” 

      “Que penhor queres que eu te dê?” “Teu anel, teu cordão e o bastão que tens na mão.” Ele os entregou; em seguida, aproximou-se dela e ela concebeu. E levantando-se, partiu; tirou o seu véu e retomou seus vestidos de viúva. 

      E Judá mandou-lhe o cabrito por seu amigo, o odolamita, para retirar o penhor das mãos daquela mulher, mas ele, não a encontrando, perguntou aos habitantes do lugar: “Onde está aquela prostituta que estava em Enaim, à beira do caminho?” Responderam-lhe: “Não há prostituta nesse lugar!” 

      Ele voltou para junto de Judá: “Não a encontrei, disse ele, e os moradores daquele lugar disseram-me que não havia nenhuma prostituta ali.” “Guarde ela o meu penhor, respondeu Judá, não nos tornemos ridículos! Eu mandei o cabrito; tu, porém, não a encontraste”. 

      Mais ou menos três meses depois, vieram dizer a Judá: “Tamar, tua nora, conduziu-se mal: vê-se que está grávida.” Judá respondeu: “Tirai-a para fora, que ela seja queimada!” E, enquanto era conduzida, ela mandou dizer ao seu sogro: “Concebi do homem a quem pertence isto: examine bem, ajuntou ela, de quem são este anel, este cordão e este bastão.” 

      Judá, reconhecendo-os, exclamou: “Ela é mais justa do que eu; pois que não a dei ao meu filho Sela.” E não a conheceu mais. E, na ocasião de dar à luz, eis que ela trazia dois gêmeos no seu ventre. 

      No parto, saindo uma mão, a parteira tomou-a e atou nela um fio vermelho, dizendo: “Este é o que saiu primeiro!” Mas, como ele retirasse a mão, saiu o seu irmão. “Que brecha fizeste! exclamou a parteira: Que a brecha esteja sobre ti!” 

      E chamou-se-lhe Farés. Em seguida, veio o seu irmão, com o fio vermelho atado na mão. Deu-se-lhe o nome de Zara. 

      Castidade de José.


      José foi conduzido ao Egito, e Putifar, um oficial egípcio do faraó, chefe da guarda, comprou-o aos ismaelitas que o levavam. O Senhor estava com José, e tudo lhe prosperava. Morava na casa do seu senhor, o egípcio. 



      Seu senhor viu que o Senhor estava com ele e lhe fazia prosperar tudo o que empreendia. José conquistou a simpatia do seu senhor, que o empregou ao seu serviço, pondo-o à testa de sua casa e confiando-lhe todos os seus bens. 


      Desde o momento em que José tomou o governo de sua casa e de todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio, por causa de José: a bênção do Senhor desceu sobre tudo o que lhe pertencia, na casa como nos campos. Ele entregou todos os seus negócios a José, sem mais se preocupar de coisa alguma, exceto do que se alimentava. Ora, José era belo de corpo e de rosto. 


      E aconteceu, depois de tudo isto, que a mulher de seu senhor lançou seus olhos em José e disse-lhe: “Dorme comigo.” Mas ele recusou: “Meu senhor, disse-lhe ele, não me pede conta alguma do que se faz na casa, e confiou-me todos os seus bens. 

      Não há maior do que eu nesta casa; ele nada me interdisse, exceto tu, que és sua mulher. Como poderia eu cometer um tão grande crime e pecar contra Deus?” Em vão se esforçava ela todos os dias, falando a José; ele não consentia em dormir com ela e unir-se a ela. Certo dia, tendo ele entrado na casa para fazer seus serviços, e não se encontrando ali ninguém da casa, ela segurou-o pelo manto, dizendo: “Dorme comigo!” Mas José, largando-lhe o manto nas mãos, fugiu. 


      Vendo a mulher que ele lhe tinha deixado o manto nas mãos e fugido, chamou a gente de sua casa e disse-lhes: “Vede: trouxeram-nos este hebreu para a casa a fim de que ele abuse de nós. Este homem veio-me procurar para dormir comigo, mas eu gritei. 

      “E vendo que eu me punha a gritar, deixou seu manto ao meu lado e fugiu.” E guardou junto de si as vestes de José até a volta de seu senhor. E fez-lhe a mesma narrativa: “O escravo hebreu, disse ela, que nos trouxeste, veio à minha procura para abusar de mim. Mas, pondo-me a gritar, deixou o seu manto ao meu lado e fugiu.” 

      Ao ouvir isto de sua mulher, contando-lhe como se tinha comportado com ela o seu servo, ele enfureceu-se, e lançou José na prisão, onde se encontravam detidos os prisioneiros do rei. E José foi encarcerado. O Senhor estava com ele. Mostrou-lhe sua bondade e fez que ele conquistasse a simpatia do chefe da prisão. 

      Este confiou a José todos os presos que ali se encontravam, e nada se fazia sem sua ordem. O chefe da prisão não fiscalizava nada do que fazia José, porque o Senhor estava com ele e fazia-lhe prosperar tudo o que empreendia.

      José Interpreta os sonhos dos prisioneiros. 
      Depois disto, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor. Mandou-os encarcerar na casa do chefe da guarda, na prisão onde se encontrava detido José. O chefe da guarda associou-lhes José para os servir. Havia já um certo tempo que estavam detidos, 

      Quando os dois prisioneiros, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, tiveram um sonho numa mesma noite, cada um o seu, com seu sentido particular. Quando José voltou junto deles no dia seguinte pela manhã, viu que estavam tristes. 

      Perguntou então aos oficiais do faraó, detidos com ele na casa do seu senhor: “Por que tendes hoje um ar sombrio?” “Tivemos um sonho, responderam; e não há ninguém para no-los interpretar.” “Porventura, não pertence a Deus, replicou José, a interpretação dos sonhos? Rogo-vos que mos conteis.” 

      E o copeiro-mor contou seu sonho a José: “Em meu sonho, disse ele, vi uma cepa que estava diante de mim, e nesta cepa três varas, que pareciam brotar; saiu uma flor e seus cachos deram uvas maduras. Eu tinha na mão a taça do faraó; tomei as uvas e espremi-as na taça, que entreguei na mão do faraó.” 

      José disse-lhe: “Eis o significado do teu sonho: as três varas são três dias. Dentro de três dias, o faraó te reabilitará em tuas funções. Apresentarás ao faraó sua taça, como o fazias antes, quando eras seu copeiro. Quando fores feliz, lembra-te de mim e faze-me o favor de recomendar-me ao faraó, para que ele me tire desta prisão. 

      “Porque é por um rapto que fui tirado da terra dos hebreus, e aqui, igualmente, eu nada fiz para merecer a prisão.” O padeiro-mor, vendo que José tinha dado uma boa interpretação, disse-lhe: “Eu também, em meu sonho, levava sobre minha cabeça três cestas de pão branco. 

      “Nada de cima, havia toda a sorte de manjares para o faraó; mas as aves do céu comiam-nas na cesta que estava sobre minha cabeça.” “Eis, disse José, o que isto significa: as três cestas são três dias. Dentro de três dias, o faraó levantará a tua cabeça: ele te suspenderá numa forca, e as aves devorarão a tua carne.” 

      No terceiro dia, celebrava-se o aniversário natalício do faraó, e ele ofereceu um banquete todo o seu pessoal. Ele levantou a cabeça do copeiro-mor, no meio de todos os seus servos: restabeleceu no seu cargo o copeiro-mor, que apresentou novamente a taça ao faraó, e mandou suspender no patíbulo o padeiro-mor, segundo a interpretação que José lhes havia dado. 

      Mas o copeiro-mor não pensou mais em José; esqueceu-o. 

      Sonhos do Faraó. 


      Dois anos depois, o faraó teve um sonho: encontrava-se ele perto do Nilo, de onde saíram sete vacas belas e gordas, que se puseram a pastar a verdura. Mas, eis que saíram em seguida do mesmo Nilo sete outras vacas, feias e magras, que vieram e se puseram ao lado das outras na margem do rio. 



      As vacas feias e magras devoraram as sete vacas belas e gordas. E o faraó despertou. Adormeceu de novo e teve outro sonho: sete espigas grossas e belas saíam de uma mesma haste. Mas eis que em seguida germinaram sete outras espigas, magras e ressequidas pelo vento do oriente. 

      E as espigas magras devoraram as sete espigas grossas e cheias. E o faraó despertou: era um sonho. Chegada a manhã, o faraó com o espírito preocupado, mandou chamar todos os mágicos e sábios do Egito. Contou-lhes seus sonhos, mas nenhum deles soube explicá-los. Então o copeiro-mor disse-lhe: “Vou confessar a minha falta. 


      Um dia, tendo-se o faraó irado contra os seus servos, mandou-me meter na prisão em casa do chefe da guarda, com o padeiro-mor. Eis que uma noite tivemos nós dois um sonho, cada um o seu. Ora, estava lá conosco um jovem hebreu, escravo do chefe da guarda. Contamos-lhe nossos sonhos, e ele no-los interpretou, a cada um o seu.

      José interpreta os sonhos do Faraó 


      E os acontecimentos confirmaram sua interpretação: eu fui restabelecido no meu cargo, e o outro foi pendurado.” O faraó mandou chamar José, o qual foi, imediatamente, tirado do cárcere. Ele barbeou-se, trocou de roupas e apresentou-se diante do faraó. Este disse-lhe: “Tive um sonho que ninguém pôde interpretar. Mas ouvi dizer de ti, que basta contar-te um sonho para que tu o expliques.” 


      “Não sou eu, respondeu José, mas é Deus quem dará ao faraó uma explicação favorável.” O faraó disse então a José: “Em meu sonho, eu estava à margem do Nilo, e eis que do Nilo saíram sete vacas gordas e belas, que se puseram a pastar a verdura. E saíram em seguida sete outras vacas magras, feias e disformes, como jamais vi em todo o Egito. 

      As vacas magras e feias devoraram as sete primeiras, as gordas, que entraram em seu ventre como se nada fossem, pois ficaram tão macilentas e feias como antes. Nesta altura despertei. E tive outro sonho: vi elevar-se de uma mesma haste sete espigas cheias e belas. Mas eis que sete outras espigas medíocres, finas e queimadas pelo vento do oriente, germinaram em seguida; e as espigas magras engoliram as sete belas espigas. Em vão contei tudo isto aos mágicos; nenhum deles pôde dar-me a explicação”. e as espigas magras engoliram as sete belas espigas. Em vão contei tudo isto aos mágicos; nenhum deles pôde dar-me a explicação”. 


      José disse ao faraó: “O (duplo) sonho do faraó reduz-se a um só. Deus revelou ao faraó o que ele vai fazer. As sete belas vacas são sete anos, e as sete belas espigas, igualmente, sete anos; o sonho é um só. As sete vacas magras e feias que saíram em seguida são também sete anos; e as sete espigas vazias e queimadas pelo vento do oriente serão sete anos de miséria. 

      É como eu disse ao faraó: Deus lhe revela o que vai fazer. Haverá sete anos de grande abundância para todo o Egito. Virão em seguida sete anos de miséria que farão esquecer toda a abundância no Egito. A fome devastará o país. E a abundância do país não será mais notada, por causa da fome que se seguirá, porque será violenta. 


      Se o sonho se repetiu duas vezes ao faraó, é que a coisa está bem decretada da parte de Deus, que vai apressar-se em executá-la. Agora, pois, escolha o rei um homem sábio e prudente para pô-lo à testa do país. Nomeie também o faraó administradores no país, que recolham a quinta parte das colheitas do Egito, durante os sete anos de abundância. 

      Eles ajuntarão todos os produtos destes bons anos que vêm, e armazenarão o trigo nas cidades, à disposição do faraó como provisões a conservar. Estes mantimentos formarão para o país uma reserva em previsão dos sete anos de fome que assolarão o Egito. Dessa forma o país não será arruinado pela fome.” 

      Essas palavras agradaram o faraó e toda a sua gente. “Poderíamos, disse-lhes ele, encontrar um homem que tenha, tanto como este, o espírito de Deus?” E disse em seguida a José: “Pois que Deus te revelou tudo isto, não haverá ninguém tão prudente e tão sábio como tu. 

      José nomeado superintendente do Egito 

      Tu mesmo serás posto à frente de toda a minha casa, e todo o meu povo obedecerá à tua palavra: só o trono me fará maior do que tu.” “Vês, disse-lhe ainda, eis que te ponho à testa de todo o Egito.” E o faraó, tirando o anel de sua mão, pôs na mão de José; e o fez revestir-se de vestes de linho fino e meteu-lhe ao pescoço um colar de ouro. 

      E, fazendo-o montar no segundo dos seus carros, mandou que se clamasse diante dele: “Ajoelhai-vos!” É assim que ele foi posto à frente de todo o Egito, e o faraó disse-lhe: “Sou eu o faraó: sem tua permissão não se moverá a mão nem o pé em toda a terra do Egito.” O faraó chamou a José Tsafenat-Paneac, e deu-lhe por mulher Asenet, filha de Putifar, sacerdote de On. 


      José tinha trinta anos quando se apresentou diante do faraó, o rei do Egito. Ele retirou-se da casa do faraó e percorreu todo o país. A terra produziu abundantemente durante os sete anos de fertilidade. José ajuntou todo o produto destes sete anos no Egito e os pôs em reserva nas cidades, e os mantimentos dos campos que estavam ao redor de cada cidade, guardou-os na mesma cidade. 

      José ajuntou trigo como a areia do mar, em tal quantidade que se não podia contar, pois que ela excedia a toda a medida. Antes que viesse o ano de fome, nasceram a José dois filhos, que lhe deu Asenet, filha de Putifar, sacerdote de On. 

      José chamou ao primeiro Manassés, “porque, dizia ele, Deus fez-me esquecer de todo o meu trabalho e de toda a minha família.” 


      Chamou ao segundo Efraim, “porque, disse ele, Deus tornou-me fecundo na terra de minha aflição.” Tendo acabado os sete anos de abundância que houve no Egito, 


      os sete anos de miséria começaram, assim como o tinha predito José. A fome assolou todos os países, mas havia pão em toda a terra do Egito. Em seguida houve fome também no Egito, e o povo clamou ao faraó pedindo pão. Este disse a todos os egípcios: “Ide a José, e fazei o que ele vos disser.” Como a fome assolasse toda a terra, José abriu todos os celeiros e vendeu víveres aos egípcios. Mas a penúria cresceu no Egito. 

      E de toda a terra vinha-se ao Egito comprar trigo a José, porque a fome era violenta em toda a terra.

      Jacó manda os filhos ao Egito


      Jacó, sabendo que havia trigo no Egito, disse aos seus filhos: “Por que estais olhando uns para os outros? Eu soube que há trigo no Egito. Descei lá e comprai-o para nós; poderemos assim viver e escaparemos à morte.” E os dez irmãos de José desceram ao Egito para comprar trigo. 


      Jacó não deixou partir com seus irmãos Benjamim, irmão de José, “com medo, pensava ele, de que lhe acontecesse alguma desgraça.” Os filhos de Israel chegaram, pois, no meio de uma multidão de outros para comprar víveres, porque a fome reinava na terra de Canaã. 

      Encontro de José com seus irmãos 

      José era o governador de toda a região, e era ele quem vendia o trigo a todo o mundo. Desde sua chegada, os irmãos de José prostraram-se diante dele com o rosto por terra. José reconheceu-os imediatamente, mas, comportando-se com eles como um estrangeiro, disse-lhes com rudeza: “Donde vindes?” “Da terra de Canaã, responderam eles, para comprar víveres.” 

      Foi assim que José reconheceu a seus irmãos, mas eles não o reconheceram. E lembrava-se dos sonhos que tivera outrora a respeito deles; disse-lhes: “Vós sois espiões: viestes explorar os pontos fracos do país.” “Não, meu senhor, responderam, teus servos vieram comprar víveres. 

      Somos todos filhos dum mesmo pai, somos gente honesta; teus servos não são espiões.” “Não é verdade –, disse-lhes ele, viestes explorar os pontos fracos do país.” Eles responderam: “Somos doze irmãos, filhos de um mesmo pai, na terra de Canaã. O mais novo está agora em casa de nosso pai, o outro já não existe.” 

      José disse-lhes: “É bem como eu disse: sois espiões. Sereis, aliás, postos à prova: pela vida do faraó, não saireis daqui antes que tenha vindo vosso irmão mais novo. 
      Mandai um de vós buscá-lo; enquanto isso, ficareis prisioneiros. Vossas palavras serão assim provadas, e veremos se dissestes a verdade. Do contrário, pela vida do faraó, sois espiões!” 

      Simeão Fica Prisioneiro 

      E mandou metê-los numa prisão durante três dias. No terceiro dia, José disse-lhes: “Fazei isto, e vivereis, porque sou cheio do temor a Deus. Se sois gente de bem, que um dentre vós fique detido em prisão; e os outros partam levando o trigo para alimentar vossas famílias. 

      Trazei-me então vosso irmão mais novo, para que eu possa verificar a verdade de vossas palavras, e não morrereis.” Foi o que fizeram. 

      Disseram uns aos outros: “Em verdade, expiamos o crime cometido contra o nosso irmão, porque víamos a angústia de sua alma quando ele nos suplicava, e não o escutamos! Eis por que veio sobre nós esta desgraça!” 


      “Não vos tinha eu dito, disse-lhes Rubem, para não pecardes contra o menino? Não quisestes ouvir-me, e eis agora que nos é reclamado o seu sangue!” Ora, não sabiam que José os compreendia, porque lhes tinha falado por meio de um intérprete. 

      E José afastou-se deles para chorar. Voltou em seguida e falou-lhes; e escolheu Simeão, ao qual mandou prender na presença deles. José ordenou depois que se enchessem de trigo os seus sacos, e que se pusesse o dinheiro de cada um em seu saco de viagem, e também que se lhes dessem provisões para o caminho: assim foi feito. 

      Os filhos de Jacó voltam ao seu Pai 

      Eles carregaram o trigo sobre os seus jumentos e partiram. Na estalagem, abrindo um deles o seu saco para dar de comer ao seu jumento, viu que o seu dinheiro estava na boca do saco. “Devolveram-me o meu dinheiro, disse ele aos seus irmãos; ei-lo aqui no meu saco!” Desfaleceu-se-lhes o coração, e, tomados de espanto, disseram uns aos outros: “Que é isto que Deus nos fez?” 


      Voltaram para junto de Jacó, seu pai, na terra de Canaã, e contaram-lhe nestes termos tudo o que lhes tinha acontecido: “O homem que governa o país nos falou asperamente e nos tomou por espiões. Dissemos-lhe que éramos gente honesta, e não espiões; que éramos doze irmãos, filhos dum mesmo pai, dos quais um já não existia mais, e o mais novo estava no momento com nosso pai, na terra de Canaã. 

      O governador do país disse-nos: por isso reconhecerei se sois gente de bem: deixai junto de mim um de vossos irmãos, levai o trigo que precisais para alimentar vossas famílias, e parti. Conduzir-me-eis então vosso irmão mais novo: assim saberei que não sois espiões, mas gente honesta. Eu vos devolverei então vosso irmão, e podereis negociar no país.” 


      E, esvaziando os seus sacos, eis que o pacote de dinheiro de cada um se encontrava em seu saco. Quando eles e seu pai viram seu dinheiro, tiveram medo. Jacó disse-lhes: “Vós me tirais os meus filhos! José já não existe, Simeão tampouco, e quereis me tomar ainda Benjamim! Tudo vem cair sobre mim!” Rubem disse-lhe: “Tira a vida aos meus dois filhos, se eu não te reconduzir Benjamim! Confia-o a mim: eu to reconduzirei.” 


      “Meu filho, tornou Jacó, não descerá convosco, porque seu irmão morreu, e só resta ele. Se lhe acontecesse um acidente nesta viagem que ides fazer, faríeis descer os meus cabelos brancos à habitação dos mortos, sob o peso da dor.”

      Jacó manda novamente seus filhos ao Egito, confiando-lhe Benjamin.


      A fome pesava sobre o país. 


      E tendo acabado o trigo trazido do Egito, o pai disse aos seus filhos: “Voltai e comprai-nos um pouco de víveres.” Judá respondeu-lhe: “Aquele homem nos declarou formalmente que não voltássemos à sua presença sem levar conosco nosso irmão. 


      Se mandas nosso irmão conosco, desceremos para comprar víveres. Mas, se o não deixas ir, não desceremos, porque ele nos disse: Não sereis admitidos em minha presença, se vosso irmão não estiver convosco.” Israel disse: “Por que me fizestes este mal, dando-lhe a conhecer que tínheis ainda um irmão?” 


      “Aquele homem, responderam eles, perguntou por nós e por nossa família, e quis saber se nosso pai vivia ainda, se tínhamos outro irmão; e respondemos às suas perguntas. Podíamos, porventura, adivinhar que ele nos ia mandar levar a ele o nosso irmão?” 

      E Judá disse a Israel, seu pai: “Deixa partir o menino comigo, e pôr-nos-emos a caminho para essa viagem. Desse modo poderemos viver, e escaparemos à morte, nós, tu e nossos filhinhos. 


      Eu respondo por ele: é de mim que tu o reclamarás. Se eu não to reconduzir e não o recolocar diante de ti, serei eternamente culpado diante de ti. Se não tivéssemos demorado tanto, certamente já pela segunda vez estaríamos de volta.” 


      “Se assim é, disse-lhes Israel, seu pai, tomai em vossas bagagens os melhores produtos da terra, e levai-os como presente a esse homem: um pouco de bálsamo, um pouco de mel, resina, ládano, nozes de pistácia e amêndoas. Levai também convosco o dinheiro em dobro para restituir a soma que encontrastes na boca dos sacos, certamente por engano. 

      Tomai vosso irmão, parti e ide ter com esse homem. Que o Deus todo-poderoso vos faça ganhar os favores desse homem, a fim de que ele deixe voltar vosso irmão, juntamente com Benjamim. Quanto a mim, se devo ser privado de meus filhos, paciência, que eu seja privado deles!” 

      Encontro com José.       

      Tomaram, pois, consigo o presente e uma soma dobrada de dinheiro, assim como Benjamim, e partiram para o Egito. E apresentaram-se a José. José, vendo-os e com eles Benjamim, disse ao seu intendente: “Faze entrar estes homens na casa, mata um animal, e prepara-o, pois comerão comigo ao meio-dia.” 


      Fez o intendente como José tinha dito: introduziu-os na casa de José. Vendo isto, ficaram amedrontados: “É, diziam eles, por causa do dinheiro, encontrado da outra vez nos nossos sacos, que nos conduzem aqui. Vão-nos assaltar, cair sobre nós, escravizar-nos e apoderar-se de nossos jumentos.” 

      Então, aproximando-se do intendente da casa de José, falaram-lhe à entrada da casa: “Desculpa, meu senhor, disseram eles, viemos já uma vez comprar víveres. Quando chegamos à estalagem e abrimos nossos sacos, o dinheiro de cada um se encontrava na boca de seu saco: era o peso exato do dinheiro. Tornamos a trazê-lo conosco; e trazemos, ao mesmo tempo, outro dinheiro para comprar víveres. Não sabemos quem tenha metido nosso dinheiro em nossos sacos.” 


      “Ficai tranqüilos, respondeu-lhes ele, nada temais. É o vosso Deus, o Deus de vossos pais, quem vos pôs um tesouro em vossos sacos; o vosso dinheiro me foi entregue.” Depois trouxe-lhes Simeão. Fê-los em seguida entrar na casa de José, deu-lhes água para lavarem os pés e forragem para os seus jumentos. 


      E, enquanto esperavam por José, que devia voltar ao meio-dia, preparavam o seu presente, pois foi-lhes anunciado que comeriam em casa dele. Logo que José entrou em casa, ofereceram-lhe os presentes que tinham trazido, prostrando-se diante dele até a terra. Ele perguntou pela saúde deles e ajuntou: “Vosso velho pai, do qual me falastes, vai bem? Ainda vive?” 

      “Teu servo, nosso pai, está passando bem; e vive ainda”, responderam-lhe inclinando-se até o solo. Então, levantando os olhos, José viu Benjamim, seu irmão, filho de sua mãe. “É este, disse ele, vosso irmão mais novo do qual me falastes?” E ajuntou: “Que Deus te faça misericórdia, meu filho!” 

      E retirou-se precipitadamente, porque suas entranhas se tinham comovido por causa de seu irmão, e tinha vontade de chorar; entrou em seu quarto e deu livre curso às lágrimas. Depois de ter lavado o rosto saiu e, procurando dominar-se, disse: “Servi a mesa”. 


      Serviu-se-lhe à parte, seus irmãos também à parte, e igualmente à parte os egípcios, seus comensais, porque lhes é proibido comer com hebreus; isto é para eles uma coisa abominável. 


      Os irmãos de José foram colocados diante dele, desde o mais velho até o mais novo, segundo sua idade, o que lhes fez olhar uns para os outros assombrados. José mandou que se lhes trouxessem porções de sua própria mesa, e a parte de Benjamim foi cinco vezes maior que a dos outros. Eles beberam e alegraram-se com ele.

      Os irmãos de José acusados de furto.
      José deu esta ordem ao intendente de sua casa: “Enche de víveres os sacos destes homens tanto quanto possam conter, e põe o dinheiro de cada um na boca do saco. Porás minha taça de prata na boca do saco do mais novo, com o preço do seu trigo”. E fez o intendente como José lhe mandara. 


      De manhã, ao romper do dia, foram despedidos com seus jumentos.Deixaram a cidade, mas, não tendo ido ainda muito longe, José disse ao seu intendente: “Levanta-te e persegue estes homens e, quando os tiveres alcançado, dir-lhes-ás: Por que pagastes o bem com o mal? (A taça que roubastes) é aquela em que bebe o meu senhor e da qual se serve para suas adivinhações. Fizestes muito mal.” O intendente, tendo-os alcançado, falou-lhes desse modo. Eles responderam-lhe: “Por que fala assim o meu senhor? Longe de teus servos a idéia de fazerem semelhante coisa! Nós te trouxemos de Canaã o dinheiro que tínhamos encontrado na boca dos sacos. Por que, pois, haveríamos de roubar prata ou ouro na casa de teu senhor?

      Que aquele dos teus servos com quem for encontrada a taça morra, e, ao mesmo tempo, nós nos tornemos escravos do meu senhor”. “Está bem! disse-lhes ele. Seja como dissestes! Aquele com quem for encontrada a taça será meu escravo. Vós outros sereis livres.” E, imediatamente, pôs cada um o seu saco por terra e o abriu. 

      O intendente revistou-os começando pelo mais velho e acabando pelo mais novo; e a taça foi encontrada no saco de Benjamim. Eles rasgaram suas vestes e, tendo cada um carregado de novo o seu jumento, voltaram para a cidade. 

      Judá intercede em nome de seu pai, em favor de Benjamin.
      Judá e seus irmãos entraram em casa de José, que estava ainda em sua casa, e prostraram-se por terra diante dele. José disse-lhes: “Que é isso que fizestes? Não sabíeis que sou um homem dotado da faculdade de adivinhar?” Judá respondeu: “Que podemos dizer a meu senhor? Que falaremos? Como nos justificar? Deus descobriu o crime de teus servos. 

       Somos os escravos do meu senhor, nós e aquele junto de quem foi encontrada a taça.” “Longe de mim, replicou José, o pensamento de agir dessa forma! Mas aquele em poder de quem foi encontrada a taça, esse será o meu escravo. Vós outros, voltai em paz para junto de vosso pai.” 

      Então Judá adiantou-se e disse a José: “Rogo-te, meu senhor, que permitas ao teu servo dizer uma palavra aos ouvidos do meu senhor, e não se acenda a tua ira contra o teu servo, porque tu és como o próprio faraó. Meu senhor havia perguntado aos seus servos: Tendes ainda vosso pai? Tendes um irmão? 

      E nós havíamos respondido ao meu senhor que tínhamos um velho pai e um irmãozinho, filho de sua velhice, do qual o irmão havia morrido; e que, como ele foi deixado o único de sua mãe, seu pai o amava. Disseste aos teus servos: Trazei-o para junto de mim, a fim de que o veja com meus olhos. 

      Havíamos respondido ao meu senhor que o menino não podia abandonar o seu pai, pois, se o fizesse, seu pai morreria. E disseste aos teus servos: Se vosso irmãozinho não vier convosco, não sereis admitidos na minha presença. Quando voltamos para a casa do teu servo, nosso pai, referimos-lhe as palavras do meu senhor. 

      E, quando nosso pai nos mandou voltar para comprar alguns víveres, respondemos-lhe: Não podemos descer. Mas, se nosso irmão mais novo nos acompanhar, fá-lo-emos, pois que não seremos admitidos na presença do governador, se nosso irmão não for conosco.Teu servo, nosso pai, nos replicou: Sabeis que minha mulher me deu dois filhos. 

      Um desapareceu de minha casa, e eu disse: Certamente foi devorado. E não mais o revi até hoje. Se me tirais ainda este, e lhe acontecer alguma desgraça, fareis descer os meus cabelos brancos à habitação dos mortos, sob o peso da dor. Se agora volto para junto de teu servo, meu pai, sem levar conosco o menino, ele, cuja vida está ligada à do menino, desde que notar que ele não está conosco, morrerá. E teus servos terão feito descer à habitação dos mortos, sob o peso da aflição, os cabelos brancos do teu servo, nosso pai. 

      Ora, o teu servo respondeu pelo menino junto de meu pai; e disse-lhe que, se ele não lho reconduzisse, seria eternamente culpado para com seu pai. Rogo-te, pois: aceita que teu servo fique escravo de meu senhor em lugar do menino, para que este possa voltar com seus irmãos. Como poderia eu apresentar-me diante do meu pai, se o menino não for comigo? Oh, eu não poderia suportar a dor que sobreviria a meu pai!” 

      José Dá-se a conhecer a seus irmãos.


      Então José, já não se podendo conter diante de todos os assistentes, exclamou: “Fazei sair todo o mundo.” Desse modo, ninguém ficou com ele, quando se deu a conhecer aos seus irmãos. Pôs-se a chorar tão alto que os egípcios da casa do faraó o ouviram. 

      E disse aos seus irmãos: “Eu sou José! Meu pai vive ainda?” Mas não lhe puderam responder, porque estavam pasmados de se encontrar diante dele. “Aproximai-vos”, disse-lhes ele; e eles aproximaram-se. E ele disse-lhes: “Eu sou José, vosso irmão, que vendestes para o Egito. 

      Mas agora não vos entristeçais, nem tenhais remorsos de me ter vendido para ser conduzido aqui. É para vos conservar a vida que Deus me enviou adiante de vós. Porque eis já dois anos que a fome assola a terra, e haverá ainda cinco anos sem amanho nem colheita. 

      Deus enviou-me adiante de vós para que subsista um resto de vossa raça na terra, e para vos conservar a vida por uma grande libertação. Não sois vós, pois, que me haveis mandado para aqui, mas Deus mesmo. Ele tornou-me como o pai do faraó, chefe de toda a sua casa e governador de todo o Egito. 

      Apressai-vos em voltar para junto de meu pai e dizei-lhe: Eis o que diz o teu filho José: Deus elevou-me ao cargo de chefe de todo o Egito. Vem para junto de mim sem demora. Habitarás na terra de Gessém, bem perto de mim, com teus filhos, teus netos, tuas ovelhas, teus bois e tudo o que te pertence. 

      Eu te sustentarei, pois haverá ainda cinco anos de fome; e assim não cairás na miséria, nem tu, nem tua casa, nem nada do que te pertence. Vereis com vossos olhos, e meu irmão Benjamim também, que sou bem eu quem vos fala. Contai ao meu pai as honras que recebo no Egito, e tudo o que vistes, e depois apressai-o para que venha para cá.” 

      Então ele jogou-se ao pescoço de seu irmão Benjamim e pôs-se a chorar; Benjamim também chorou sobre os seus ombros. Beijou em seguida a todos os seus irmãos, chorando sobre eles, e puseram-se todos a conversar com ele. A notícia da chegada dos irmãos de José espalhou-se logo na casa do faraó, e foi bem acolhida pelo faraó e por todo o seu pessoal. 

      Os irmão de José partem para Canaã 

      Ele disse a José: “Dize a teus irmãos: Eis o que ides fazer: carregai vossos animais e voltai à terra de Canaã.Tomai vosso pai e vossas famílias e vinde para junto de mim. Dar-vos-ei o que há de melhor no Egito e vos alimentarei com a gordura da terra. Encarrego-te de dizer-lhes: Eis o que ides fazer: Tomai carros no Egito para vossos filhos e vossas mulheres, trazei vosso pai e vinde! 

      Não façais caso do que tereis de deixar, porque o que há de melhor em todo o Egito é vosso.” Assim fizeram os filhos de Israel. Seguindo a ordem do faraó, José deu-lhes carros e provisões para o caminho. Deu-lhes também a todos mudas de roupas; a Benjamim, porém, deu trezentas moedas de prata e cinco mudas de roupas. Mandou, igualmente, ao seu pai dez jumentos carregados dos melhores produtos do Egito e dez jumentas carregadas de trigo, pão e provisões para sua viagem. 

      Alegria de Jacó 

      E, despedindo seus irmãos que partiam, disse-lhes: “Não alterqueis pelo caminho.” Partiram do Egito e chegaram junto de Jacó, seu pai, na terra de Canaã. E anunciaram-lhe a boa nova: “José vive ainda, disseram-lhe eles; e é mesmo ele quem governa todo o Egito.” Mas o coração de Jacó permaneceu frio, porque não acreditava no que ouvia. 

      Entretanto, quando lhe disseram todas as palavras que José lhes havia dito, e viu os carros que José tinha enviado para o transportar, seu espírito se reanimou. “Basta! disse ele; José, meu filho, vive ainda. Irei e o verei antes de morrer.”

      Partida de Jacó para o Egito
      Israel partiu com tudo o que lhe pertencia. Chegou a Bersabéia, onde ofereceu sacrifícios ao Deus de seu pai Isaac. Em uma visão noturna Deus disse-lhe: “Jacó! Jacó!” “Eis-me aqui”, respondeu ele. E Deus disse: “Eu sou Deus, o Deus de teu pai. Não temas descer ao Egito, porque ali farei de ti uma grande nação. Descerei contigo ao Egito, e eu mesmo te farei de novo subir de lá. José fechar-te-á os olhos.” 

      E Jacó deixou Bersabéia. Os filhos de Israel levaram seu pai, assim como seus filhos e suas mulheres, nos carros que o faraó tinha enviado para os transportar. Tomaram também seus rebanhos e os bens que tinham adquirido na terra de Canaã, e Jacó com toda a sua família partiu para o Egito. Levou consigo os seus filhos e seus netos, suas filhas e suas netas, enfim, toda a sua família. 

      Filhos de Jacó que foram  para o Egito.

      Eis os nomes dos filhos de Israel que foram para o Egito: Jacó e seus filhos. O primogênito de Jacó: Rubem. Os filhos de Rubem: Henoc, Falu, Esron e Carmi. Os filhos de Simeão: Jamuel, Jamin, Aod, Jaquim, Soar, e Saul, filho da Cananéia. Os filhos de Levi: Gerson, Gaat e Merari. Os filhos de Judá: Her, Onã, Sela, Farés e Zara. Her e Onã, porém, morreram em Canaã. Os filhos de Farés: Hesron e Hamul. 

      Os filhos de Issacar: Tola, Fua, Jó e Semron. 

      Os filhos de Zabulon: Sared, Elon e Jaelel. 

      São estes os filhos que Lia deu a Jacó em Padã-Arã, assim como sua filha Dina. Total de seus filhos e filhas: trinta e três pessoas. 

      Os filhos de Gad: Sefion, Hagi, Suni, Esebon, Heri, Arodi e Areli. 

      Os filhos de Aser: Jamné, Jesua, Jessui e Beria, assim como sua irmã Sara. Os filhos de Beria: Heber e Melquiel. 

      São estes os filhos que Zelfa, dada por Labão à sua filha Lia, deu à luz a Jacó: dezesseis pessoas. 

      Filhos de Raquel, mulher de Jacó: José e Benjamim. 

      No Egito José tivera de Asenet, filha de Putifar, sacerdote de On, Manassés e Efraim. 

      Os filhos de Benjamim: Bela, Bocor, Asbel, Gera, Naamã, Equi, Ros, Mofim, Ofim e Ared. 

      São estes os filhos que Raquel deu a Jacó. Total: quatorze pessoas. 

      Filho de Dan: Husim. 

      Filhos de Neftali: Jasier, Guni, Jeser e Salém. 

      São estes os filhos que Bala, dada por Labão à sua filha Raquel, deu à luz a Jacó. Total: sete pessoas. 

      O total das pessoas saídas de Jacó, que vieram com ele para o Egito, sem contar as mulheres de seus filhos, era de setenta ao todo. José teve dois filhos nascidos no Egito. O total das pessoas da família de Jacó que foram para o Egito era de setenta. Jacó tinha enviado Judá adiante dele para informar a José de sua chegada a Gessém. Quando chegaram a Gessém, 

      José Vai ao encontro de Jacó.  

      José mandou preparar o seu coche e montou para ir ao encontro de seu pai em Gessém. E, logo que o viu, jogou-se ao seu pescoço e chorou longo tempo em seus braços.“Agora posso morrer, disse-lhe Israel, porque vi o teu rosto, e vives ainda!” José disse aos seus irmãos: “Vou avisar o faraó, dizendo: Meus irmãos e a família de meu pai que estavam em Canaã, vieram para junto de mim; os homens são pastores, criadores de animais, e trouxeram suas ovelhas e seus bois com tudo o que lhes pertence. 

      Quando o faraó mandar chamar-vos e vos perguntar qual é vossa profissão, responder-lhe-eis: Teus servos foram sempre criadores de animais, desde sua juventude até o presente, e nossos pais também. Desse modo podereis ficar na terra de Gessém, porque os egípcios têm aversão aos pastores.”

      José apresenta seus irmãos e seu pai ao Faraó.



      José foi, pois, informar o faraó: “Meu pai, disse ele, e meus irmãos chegaram da terra de Canaã com suas ovelhas, seus bois e tudo o que lhes pertence. Eles estão na terra de Gessém.” José levara consigo cinco de seus irmãos, que apresentou ao faraó. Este disse-lhes: “Qual é vossa profissão?” Responderam: “Teus servos são pastores, como sempre o foram nossos pais.

      Viemos, ajuntaram eles, para morar no país porque não há mais pastagem para os rebanhos de teus servos, sendo muito grande a fome na terra de Canaã. Permite, pois, aos teus servos habitarem na terra de Gessém.” O faraó disse a José: “Teu pai e teus irmãos vieram para junto de ti; a terra do Egito está à tua disposição: instala-os na melhor parte do país. Que eles habitem na terra de Gessém; e, se conheces entre eles alguns que sejam capazes, pô-los-ás à frente dos rebanhos que me pertencem.”

      José fez então vir Jacó, seu pai, e o apresentou ao faraó. Jacó abençoou o faraó. Este disse-lhe: “Que idade tens?” Jacó respondeu-lhe: “O número dos anos de minha peregrinação é de cento e trinta anos. Curtos e maus foram os anos de minha vida, e não atingiriam o número dos que viveram meus pais durante sua peregrinação.”

      E, depois de ter abençoado o faraó, Jacó despediu-se dele. José instalou seu pai e seus irmãos em uma propriedade do país do Egito, na melhor parte da região, a terra de Ramsés, como o tinha ordenado o faraó. E José forneceu víveres a seu pai, a seus irmãos e a toda sua família, proporcionalmente ao número dos filhos.

      Administração de José durante a fome.

      E faltou pão em toda a terra, porque a fome era tão violenta que a terra do Egito e a terra de Canaã estavam esgotadas. José tinha ajuntado todo o dinheiro que se encontrava no Egito e em Canaã, como preço do trigo que compravam, e o tinha depositado no tesouro do faraó. Quando havia acabado todo o dinheiro do Egito e de Canaã, todos os egípcios vieram dizer a José: “Dá-nos pão. Por que morreremos na tua presença por falta de dinheiro?”

      José respondeu: “Trazei vossos animais, se não tendes dinheiro, e dar-vos-ei pão em troca.”


      Trouxeram, pois, seus animais a José, o qual lhes deu pão em troca dos cavalos, dos rebanhos de ovelhas, dos bois e dos jumentos. Dessa forma, naquele ano, fornecera-lhes pão em troca de todos os seus rebanhos. E aquele ano passou. No ano seguinte, voltaram a ele e disseram-lhe: “Não podemos ocultar do meu senhor que o dinheiro, tendo-se esgotado, e nossos animais, tendo já passado para as mãos de meu senhor, não nos restam agora senão nossos corpos e nossas terras para oferecer ao meu senhor.

      Por que perecermos diante de teus olhos, nós e nossas terras? Compra-nos a nós e a nossas terras em troca de pão, e nós e nossas terras seremos escravos do faraó. Dá-nos sementes, para que vivamos e não morramos, e não seja desolado o nosso solo”. José adquiriu, assim, para o faraó, todas as terras do Egito, porque cada egípcio vendia o seu campo, obrigado pela fome; e o país tornou-se propriedade do faraó.

      De um extremo a outro do território, ele reduziu a população à servidão.

      As terras dos sacerdotes foram as únicas que não comprou, porque estes recebiam do faraó uma ração determinada para o seu sustento. Por isso não venderam suas propriedades. José disse ao povo: “Eu vos comprei hoje, vós e vossas terras, para o faraó. Aqui tendes sementes: semeai vossos campos. No tempo da colheita, dareis a quinta parte ao faraó: as outras quatro partes vos servirão para semente do campo e para vosso alimento com vossos filhos e os que moram convosco.”

      Eles responderam: “Tu nos salvaste a vida. Tenhamos graça aos olhos de meu senhor e seremos de bom grado escravos do faraó.”José instituiu assim uma lei que ainda hoje está em vigor, em virtude da qual uma quinta parte da colheita pertence ao faraó. Somente as terras dos sacerdotes não se tornaram sua propriedade. Israel estabeleceu-se, pois, no Egito, na terra de Gessém. Adquiriram aí propriedades, foram fecundos e multiplicaram-se grandemente.

      Últimas disposições de Jacó.

      Jacó viveu ainda dezessete anos no Egito. A duração de sua vida foi de cento e quarenta e sete anos.

      E, aproximando-se do seu termo os dias de Israel, chamou o seu filho José e disse-lhe: “Se achei graça diante de teus olhos, mete, rogo-te, tua mão debaixo de minha coxa e promete-me, com toda a bondade e fidelidade, que não me enterrarás no Egito. Quando eu me tiver deitado com meus pais, levar-me-ás para fora do Egito e me enterrarás junto deles em seu túmulo.” José respondeu: “Farei como dizes.” “Jura-mo”, replicou Jacó.

      José jurou-lhe e Israel prostrou-se sobre a cabeceira de sua cama.

      Jacó Adota os dois filhos de José

      Depois disso, vieram anunciar a José: “Teu pai está doente.” Tomou então com ele seus dois filhos, Manassés e Efraim. Jacó foi avisado disso: “Eis, disseram-lhe, que o teu filho José vem te ver”. Israel, reunindo suas forças, assentou-se no seu leito.

      E disse a José: “O Deus todo-poderoso apareceu-me em Luz, na terra de Canaã, e abençoou-me.

      Disse-me: Eu te tornarei fecundo e te multiplicarei até fazer de ti uma assembléia de povos, e darei esta terra à tua posteridade em possessão eterna. Agora, os dois filhos que te nasceram no Egito antes que eu viesse para junto de ti, são meus filhos: Efraim e Manassés são meus, com o mesmo título que Rubem e Simeão. Os filhos, porém, que tiveste depois deles, são teus: é conforme o nome de seus irmãos que eles terão parte na repartição da herança.

      Quando eu voltava de Padã, tua mãe Raquel morreu em caminho, perto de mim, na terra de Canaã, a alguma distância de Efrata; foi ali que a enterrei, no caminho de Efrata, hoje Belém.”

      Jacó abençoa os dois filhos de José.
      Israel viu os filhos de José e disse: “Quem são estes?”

      “São, respondeu José, os filhos que Deus me deu aqui”. “Faze-os aproximarem-se, para que eu os abençoe”. Os olhos de Israel tinham-se enfraquecido tanto pela idade, que já não podia ver. José fê-los aproximarem-se dele e Israel, tomando-os em seus braços, beijou-os.

      Depois disse a José: “Não esperava mais rever-te, e eis que Deus me fez ver teus filhos”.

      José tirou-os dos joelhos de seu pai e prostrou-se com o rosto por terra.

      Tomou depois os dois, Efraim pela mão direita, para colocá-lo à esquerda de Israel, e Manassés pela mão esquerda, para colocá-lo à direita de Israel, e fê-los aproximarem-se. Mas Israel estendeu a mão direita e pô-la sobre a cabeça de Efraim, o caçula, e a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés. Cruzou assim as mãos (porque Manassés era o primogênito). Israel abençoou José, dizendo: “O Deus em cujo caminho andaram meus pais Abraão e Isaac, o Deus que tem sido o meu pastor durante toda a minha vida até este dia,

      o anjo que me guardou de todo o mal, abençoe estes meninos! Seja perpetuado neles o meu nome e o de meus pais Abraão e Isaac, e multipliquem-se abundantemente nesta terra!” Vendo José que seu pai tinha colocado a mão direita sobre a cabeça de Efraim, contrariou-se e tomou a mão de seu pai para removê-la da cabeça de Efraim para a cabeça de Manassés.

      E disse-lhe: “Não assim, meu pai; é este aqui o primogênito; põe tua mão direita sobre sua cabeça”.

      Seu pai, porém, recusou: “Eu sei, meu filho, disse ele, eu sei. Ele também se tornará um povo e será grande; mas seu irmão mais novo crescerá mais do que ele e sua posteridade tornar-se-á uma multidão de nações”. Abençoou-os, pois, naquele dia, e disse: “Israel vos nomeará em suas bênçãos; dir-se-á: Deus te torne semelhante a Efraim e a Manassés”. Foi assim que ele pôs Efraim na frente de Manassés.

      Israel disse a José: “Vou morrer. Mas Deus estará convosco e vos reconduzirá à terra de vossos pais. Dou-te a mais que teus irmãos, uma porção que conquistei aos amorreus com minha espada e meu arco”.

      Jacó abençoa todos os seus filhos.
      Jacó chamou seus filhos e lhes disse: “Reuni-vos, porque eu quero anunciar-vos o que vos há de acontecer nos dias vindouros: Ajuntai-vos e ouvi, filhos de Jacó. Escutai Israel, vosso pai.


      Rubem, tu és o meu primogênito, minha força, primícias do meu vigor. Notável em dignidade e notável em poder. Transbordante como a água, não terás o primeiro lugar, porque subiste ao leito de teu pai, e desse modo maculaste o meu leito.

      Simeão e Levi são irmãos; suas espadas são instrumentos de violência.

      Minha alma não participe de suas maquinações, meu coração jamais se associe às suas reuniões! Porque em sua cólera mataram homens e em seu furor enervaram touros. Maldita cólera que os levou à violência, maldito furor que os induziu à crueldade! Hei de dispersá-los em Jacó, hei de espalhá-los em Israel.

      Judá, teus irmãos te louvarão. Pegarás pela nuca os inimigos; os filhos de teu pai se prostrarão em tua presença. Filhote de leão, Judá: voltas trazendo a caça, meu filho. Dobra-se, deita-se como um leão; como uma leoa: quem o despertará?

      Não se apartará o cetro de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertence por direito, e a quem devem obediência os povos. Amarra à videira o jumentinho, à cepa o filho da jumenta. Lava com o vinho suas vestes, com o sangue das uvas o seu manto. O vinho aumenta o brilho de seus olhos, seus dentes são brancos como o leite.

      Zabulon habita à beira do mar, no litoral, onde aportam os navios, e seu flanco se estende por Sidon. Issacar é um jumento forte, deitado nos currais.

      Vê que é bom o descanso e a terra agradável: curva os ombros sob a carga, sujeita-se ao tributo.

      Dã julgará seu povo, como uma das tribos de Israel. Dã será uma serpente no caminho, uma cobra na estrada, que morde a pata do cavalo e derruba o cavaleiro.

      Espero em vosso socorro, Senhor!

      Gad será saqueado por quadrilhas de assaltantes, mas também os assaltará e perseguirá.

      Aser tem um pão saboroso, que constitui as delícias dos reis.

      Neftali é uma gazela solta, que tem lindos filhotes.

      José é broto de uma árvore fértil, broto de uma árvore fértil junto à nascente: seus ramos crescem acima do muro.

      Provocam-no, atiram contra ele, atacam-no os flecheiros, mas, seu arco permanece firme, seus braços e mãos desembaraçados pelas mãos do Poderoso de Jacó, pelo nome do Pastor, que é a pedra de Israel, graças ao Deus de teu pai, que te ajuda, graças ao todo-poderoso, que te abençoa com as bênçãos do céu altíssimo, com as bênçãos do profundo abismo, com as bênçãos dos peitos e do seio.

      As bênçãos de teu pai sobrepujam as bênçãos das antigas montanhas, as aspirações das colinas eternas. Que elas desçam sobre a cabeça de José, sobre a fronte do príncipe de seus irmãos!

      Benjamim, lobo voraz, de manhã devora a presa e à tarde reparte o despojo.”

      São estes todos que formam as doze tribos de Israel. Foi isso que lhes disse seu pai ao abençoá-los.

      A cada um deu uma bênção particular. Em seguida, fez-lhes esta recomendação:

      Última palavra e morte de Jacó
      “Eis que vou ser reunido aos meus. Enterrai-me junto de meus pais na caverna da terra de Efrom, o hiteu,

      na caverna da terra de Macpela, defronte de Mambré, na terra de Canaã, essa caverna que Abraão havia comprado a Efrom, o hiteu, ao mesmo tempo que a terra, para ter a propriedade de uma sepultura. Foi aí que enterraram Abraão e Sara, sua mulher; foi aí que enterraram Isaac e Rebeca, sua mulher; e foi aí que enterrei Lia”.

      (Essa propriedade, bem como a caverna que nela se encontra, foram compradas aos filhos de Het.)

      E, tendo Jacó dado aos seus filhos esta última recomendação, recolheu os pés em sua cama, e expirou. E foi reunido ao seu povo.

      Sepultura de Jacó
      José atirou-se então sobre o rosto de seu pai e o beijou chorando.


      Ordenou depois aos médicos que o serviam, que embalsamassem seu pai; e os médicos embalsamaram Israel. Gastaram nisso quarenta dias, que é o tempo necessário ao embalsamamento. Os egípcios choraram-no durante setenta dias. 

      Passado o tempo do pranto, José disse à casa do faraó: “Se achei graça aos vossos olhos, dizei de minha parte ao faraó que meu pai me fez jurar-lhe: Eu vou morrer, disse-me ele; tu me enterrarás no túmulo que adquiri na terra de Canaã. Permite-me, pois, subir e enterrar meu pai; depois voltarei”.

      O faraó respondeu: “Vai sepultar teu pai como ele te fez jurar”.

      José partiu para sepultar seu pai. Todos os servos do faraó, os anciãos de sua casa e todos os anciãos do Egito, toda a casa de José, seus irmãos e a casa de seu pai o seguiram. Deixaram na terra de Gessém somente seus filhinhos, suas ovelhas e seus bois.

      Carros e cavaleiros acompanhavam-no, de sorte que a caravana era muito grande.

      Chegando à eira de Atad, além do Jordão, fizeram uma grande e solene lamentação, e José celebrou, em honra de seu pai, um pranto de sete dias.Vendo esse pranto na eira de Atad, o povo daquela terra disse: “Grande pranto é esse dos egípcios!” Daí o nome de Abel-Misraim dado a esse lugar, que está situado além do Jordão.

      Os filhos de Jacó fizeram, pois, o que ele lhes tinha ordenado.

      Levaram-no para Canaã e enterraram-no na caverna da terra de Macpela, que Abraão tinha comprado, juntamente com a propriedade de Efrom, o hiteu, defronte de Mambré, para ter a propriedade de uma sepultura.

      Depois do enterro, José voltou para o Egito com seus irmãos e todos os que o tinham acompanhado nos funerais de seu pai.

      Os irmãos de José, vendo que seu pai morrera, disseram entre si: “Será que José nos tomará em aversão e irá vingar-se de todo o mal que lhe fizemos?”

      Mandaram, pois, dizer-lhe: “Antes de morrer, teu pai recomendou-nos

      que te pedíssemos perdão do crime que teus irmãos cometeram, de seu pecado, de todo o mal que te fizeram. Perdoa, pois, agora esse crime àqueles que servem o Deus de teu pai”. Ouvindo isso, José chorou.

      Seus irmãos vieram jogar-se aos seus pés, dizendo: “Somos teus escravos!”

      José disse-lhes: “Não temais: posso eu pôr-me no lugar de Deus?

      Vossa intenção era de fazer-me mal, mas Deus tirou daí um bem; era para fazer, como acontece hoje, com que se conservasse a vida a um grande povo. Não temais, pois: eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos”. Estas palavras, que lhes foram direito ao coração, reconfortaram-nos.

      José habitou no Egito, e também a família de seu pai. Viveu cento e dez anos.

      Viu os descendentes de Efraim até a terceira geração. Igualmente, os filhos de Maquir, filho de Manassés, vieram à luz sobre os joelhos de José. José disse a seus irmãos: “Vou morrer; mas Deus vos visitará seguramente e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, Isaac e a Jacó”. 

      E José fez que os filhos de Israel jurassem: “Quando Deus vos visitar, disse ele, levareis daqui os meus ossos”.

      José morreu com a idade de cento e dez anos. Foi embalsamado e depositado num sarcófago no Egito.


                                                   FIM GÊNESIS


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      Árvore da Família

      O seguinte é uma árvore de família para os descendentes da linhagem de Adão/Sete/ NoéShem , através de Abraão a Jacó e seus filhos(José).

                                                                   

      para não nos perdermos na linhagem:
      Nome______Nasceu___ Morreu___Idade
      Adão __________0 _______930 ____930(Caim,Abel e outros)
      Sete _________130 ______1.042____ 912
      Enos ________ 235 ______1.140 ____905
      Cainan _______325 ______1.235 ____910
      Maalaleel _____395 ______1.290 ____895
      Jerede _______460 ______1.422 ____962
      Enoque ____ __622_______(987) ____365
      Metusalém ____687 ______1.656 ____969
      Lameque _____ 874 ______1.651 ____ 777
      Noé ________1.056 _____ 2.006 ____950
      Noé
      Shem
      Presunto
      Jafé
      Elam
      Ashur
      Arfaxade
      Lud
      Aram
      4 filhos
      7 filhos
      Cainã [12]
      4 filhos
      Filha [12]
      Salah
      Eber
      Peleg
      Joctã
      Reu
      13 filhos
      Serugue
      Naor
      Tera
      Haran
      Hagar
      Abraão
      Sarah
      Quetura
      Naor
      Milca
      Muito
      Iscá
      Ismael
      6 filhos
      7 filhos
      Betuel
      Moab
      Ben-Ami
      Isaac
      Rebeca
      Laban
      Maalate
      Esaú
      Jacob
      Leah
      Rachel
      12 filhos
      5 filhos
      Bila
      Zilpa
      Simeão
      Judá
      Zebulom
      Vagabundear
      Dan
      José
      Reuben
      Levi
      Issacar
      Dinah
      Asher
      Naftali
      Benjamin
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       Linhagem de Jacó
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      Êxodo


      Autor: Tradicionalmente Moisés
      Data: Cerca de 1400 a.C.

      AutorMoisés, cujo nome significa “tirado das águas”, é a figura centra de Êxodo. Ele é o profeta hebreu que liderou os israelitas em sua saída do Egito. Êxodo é tradicionalmente atribuído a ele. Quatro passagens em Ex dão forte apoio à autoria mosaica de pelo menos boa parte do livro (17.14; 24.4,7; 34.27). Através de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação daquelas coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na escrita, esta informação que lhe foi revelada.
      DataA Tradição conservadora data a morte de Moisés em algum temo ao redor de 1400 aC. Desta forma, é provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarentas anos anteriores, durante a caminhada pelo Deserto.
      Contexto HistóricoÊxodo é a continuação do relato do Gênesis, mostrando o desenvolvimento dum pequeno grupo familiar de setenta pessoas numa grande nação com milhões de pessoas. Os hebreus viveram no Egito por 430 anos, sendo que a maior parte do tempo em regime de escravidão. Êxodo registra o desenvolvimento de Moisés , a libertação de Israel do seu cativeiro, a sua caminhada do Egito até o monte Sinai para receber a lei de Deus e as instruções divinas a respeito da edificação do tabernáculo. O livro termina com a construção do tabernáculo como um lugar da habitação de Deus.
      ConteúdoO Livro de Êxodo pode ser dividido em três seções principais: a libertação miraculosa de Israel (1.1-13.6), a jornada miraculosa até o Sinai (13.17-18.27) e as revelações miraculosas junto ao Sinai (19.1-40.38)
      A primeira seção (1.1-13.6) inicia com os hebreus sendo oprimidos no Egito (1.10-14). Como qualquer outro grupo sob pressão, os hebreus reclamavam. A sua reclamação chegou não somente diante dos seus opressores, mas chegou até o seu Deus (2.23-25). Deus ouviu o seu clamor e colocou em ação um plano ora libertá-los. Ele acompanhou esta libertação através da seleção dum profeta chamado Moisés (3.1-10)
      A libertação não ocorreu de forma instantânea; porém constituiu-se num processo. Um período considerável de tempo e dez pragas foram utilizadas pra ganha a liberação dos hebreus das garras do Faraó. As pragas realizaram duas coisas importantes: primeiro, elas demonstraram a superioridade do Deus hebreu sobre os deuses egípcios e, segundo, elas trouxeram liberdade aos hebreus.
      A Segunda seção narra a jornada milagrosa até o Sinai (13.17-18.27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seção. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus (13.17-18.27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seção. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus (13.17-15.21). Segundo, eles experimentaram, de forma direta, a capacidade que Deus tem de cuidar do seu povo (15.22-17.7). Terceiro, eles receberam proteção em vista dos seus inimigos, os amalequitas (17.8-16). Quatro, anciãos com a tarefa de supervisão foram estabelecidos a fim de manter a paz entre o povo (18.1-27). Estes quatros grandes eventos ensinam um conceito importante: a mão de Deus está presente na vida do seu povo especial. Tendo testemunhado a sua presença e conhecido a forma como Deus agiu em seu benefício, eles poderiam ajustar as suas vidas ao seu jeito de ser a fim de continuar recebendo as suas bênçãos.
      A última seção enfoca as revelações miraculosas junto ao Sinai (19.1-40.38). A libertação divina da nação tem o objetivo especifico de edificar um povo pactual. Esta seção tem três componentes principais. Primeiro, são dados os Dez mandamentos e todas aquelas instruções que explicam em maiores detalhes como estes mandamentos devem transparecer na vida do povo em aliança com Deus (19.1-23.19) Os resultados duma vida fora desta estrutura pactual são demonstrados pelo incidente que envolveu o bezerro de ouro (32.1-35). Segundo, trata-se das instruções referentes à edificação dum tabernáculo e do seu mobiliário (25.1-31.18). Terceiro, trata-se da construção, de fato, do tabernáculo, do seu mobiliário, e da habitação da presença de Deus no edifício após o encerramento da obra (35.4-40.33).
      Cristo ReveladoMoisés é um tipo de Cristo, pois ele liberta da escravidão. Arão funciona como um tipo de Jesus assim como o sumo sacerdote (28.1) faz intercessão junto ao altar do incenso (30.1). A Páscoa indica que Jesus é o Cordeiro de Deus que foi oferecido pela nossa redenção (12.1-22).
      As passagens “EU SOU” no evangelho de João encontram a sua origem primeira no livro de Êxodo. João afirma que Jesus é o Pão da Vida; Moisés fala de duas maneira do pão de Deus: o maná (16.35) e os pães da proposição (25.30). João nos conta que Jesus é a luz do Mundo; no tabernáculo, o candelabro serve como fonte de luz permanente (25.31-40).
      O Espírito Santo em AçãoNo Livro de Êxodo, o óleo representa, de forma simbólica, o Espírito Santo. Por exemplo, o óleo da unção é um tipo do Espírito Santo, o qual é utilizado pra preparar tanto os fiéis como os sacerdotes para o culto divino (30.31).
      O Fruto do Espírito Santo está listado em Gl 5.22,23. Uma listagem paralela também pode ser encontrada em Ex 34.6,7, que descreve os atributos de Deus como compassivo, clemente, longânimo, bom, fiel, e perdoador.
      As referências mais diretas ao Espírito Santo podem ser encontradas em 31.3-11 e 35.30-36.1, quando cidadãos individuais são capacitados a tornarem-se exímios artífices. Através da obra capacitadora do Espírito Santo. As habilidades naturais destas pessoas foram enriquecidas e aumentadas a fim de que executassem as tarefas necessárias com excelência e precisão.
      Esboço de Êxodo
      I. A libertação miraculosa de Israel 1.1-13.16
      A opressão dos israelitas no Egito 1.1-22
      O nascimento e a primeira parte da vida de Moisés 2.1-4.31
      O processo de libertação 5.1-11.10
      O episódio do êxodo 12.1-13.16
      II. A jornada miraculosa até o Sinai 13.17-18.27
      A Libertação junto ao mar Vermelho 13.17-15.21
      A provisão para o povo 15.22-17.7
      A proteção contra os amalequitas 17.8-16
      O estabelecimento dos anciões supervisores 18.1-27
      III. As revelações miraculosas junto ao Sinai 19.1– 40.38
      A chegada ao Sinai e a manifestação de Deus 19.1-25
      Os dez mandamentos 20.1-21
      O Livro da Aliança 20.22-23.19
      A proteção do Anjo de Deus 23.20-33
      Israel confirma o concerto 24.1-18
      Orientação a respeito do tabernáculo 25.1-31.18
      O bezerro de ouro 32.1-35
      Arrependimento e renovação do concerto 33.1-35.3
      A construção do tabernáculo 35.4-40.33
      A glória do Senhor enche o tabernáculo 40.34-38
      .Fonte: Bíblia Plenitude


      Senhores: Aqui começo minha leitura da Bíblia Sagrada.

      RESUMO  Êxodo